Dieta à base de plantas pode ser a salvação da biodiversidade
Se nós somos o que comemos, será que se escolhermos mudar a nossa alimentação, também podemos mudar o futuro do Planeta? Um novo estudo indica que sim.
O relatório “Impactos do sistema alimentar na perda de biodiversidade” da Chatham House revela que, o sistema alimentar global é o principal impulsionador da perda de biodiversidade no mundo. A agricultura é responsável por 80% de todas as alterações no uso de terra e da destruição de habitat. Além disso, segundo a Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza, esta é identificada como uma ameaça para 24 mil espécies das 28 mil que estão em risco de extinção.
O documento propõe ainda três pontos cruciais para se criar um sistema alimentar sustentável:
Em primeiro lugar, mudar a nossa alimentação para uma dieta à base de plantas e vegetais. Esta mudança permite reduzir os casos de doenças associadas ao consumo excessivo de carnes vermelhas, tal como baixa o risco de pandemias. Resulta ainda na utilização de menos recursos naturais e na redução das emissões de gases poluentes; Em segundo lugar, reservar algumas terras apenas para a conservação e o restabelecimento da vida selvagem e dos habitats naturais; Em terceiro lugar, impulsionar o desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável, através de técnicas e produtos que respeitem o ambiente.
Para concluir, os especialistas recomendam ainda que os países reconheçam a relação da procura e da oferta (evitando assim o desperdício), adaptem os sistemas alimentares que impulsionam esta ação, e fortaleçam a coerência entre os acordos globais e as ações a nível local.