Do museu para a rua: como a arte esquecida está a ganhar uma nova vida
Quando Julien de Casabianca, artista e realizador francês, visitou o Louvre, uma rapariga solitária chamou-lhe à atenção. Essa rapariga, representada numa pintura solitária e esquecida num canto do museu, motivou-o a ajudar e a dar uma nova vida a pinturas como a daquela rapariga que permanecia na obscuridade do Louvre. Casabianca fotografou o quadro da rapariga, ampliou e imprimiu a imagem e colou-a na rua.
Foi assim que nasceu o projecto Outings e qualquer um pode fazer parte dele. Casabianca convida todos os amantes de arte a fotografarem pinturas esquecidas em museus e a colá-las nas ruas, onde possam ser apreciadas por todos. “Com o seu telefone fotografe os retratos esquecidos em museus, imprima-os e cole-os nas ruas”, lê-se no site do projecto, que arrancou o ano passado.
Depois de fotografar o quadro, basta enviar a imagem para a equipa do Outings, que a colocará numa qualquer rua. Mas quem quiser pode fazer todo o processo por sua conta. Até ao momento existem imagens já coladas nas ruas do Rio de Janeiro, Barcelona, Los Angeles, Roma, Riga, Dijon e Frankfurt.
Entre as pinturas já fotografadas e colocadas nas ruas destaca-se a “Mademoiselle Rivière”, de J.A.D. Ingres; “O Quimono Azul” de Robert Henri; “O Irmão e Irmã Breton” e “A Jovem Rapariga que se Defende de Eros”, de William Bouguereau ou “A Jovem Rapariga com o Instrumento Astronómico”, de Jan Gossaert.
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