Ecoturismo de tubarões é mais rentável que matá-los para alimentação



Os tubarões que estão livres para nadar nos seus habitats naturais são uma parte importante do turismo em todo o mundo. A conclusão é de um novo estudo que fornece provas do valor da conservação, em contraste com a matança desenfreada dos tubarões para alimentação humana.

Uma equipa de cientistas debruçou-se sobre os dados de 70 locais em 45 países, de modo a comparar quanto dinheiro é gerado a cada ano pela pesca que sustenta o comércio global de barbatanas de tubarão – e quanto é gerado pelo ecoturismo, que engloba diversas actividades de observação dos animais em estado selvagem.

Actualmente, o ecoturismo associado aos tubarões rende anualmente €242 milhões (R$ 662 milhões) em todo o mundo, sendo um sector com perspectivas de crescimento. Os investigadores afirmam mesmo que este valor deve aumentar para os €538 milhões (R$ 1,5 mil milhões) por ano, nos próximos 20 anos. Os picos de rentabilidade são particularmente evidentes nas Caraíbas e na Austrália.

Em comparação, o valor de mercado da pesca de tubarões em todo o mundo é de €485 milhões (R$ 1,3 mil milhões) por ano – apesar de superior, este valor tem vindo a diminuir ao longo dos últimos 10 a 15 anos, informa o Huffington Post.

Aproximadamente 38 milhões de tubarões são mortos todos os anos para atender à insaciável procura da indústria de barbatanas, usadas para fazer sopa de barbatana de tubarão – uma iguaria em alguns países asiáticos. Os tubarões são, muitas vezes, largados de volta ao mar para morrem desprotegidos, depois das barbatanas lhes terem sido removidas.

Os tubarões desempenham um papel vital no ecossistema dos oceanos. Ao matarem-se os predadores do mar, está a mudar-se a estrutura do próprio ecossistema – o que comporta muitos riscos para todas as formas de vida.

Os resultados deste estudo foram publicados na Oryx – International Journal of Conservation.





Notícias relacionadas



Comentários
Loading...