EDP, Enel e Generg vão repartir e gerir autonomamente parques eólicos da Eneop



Os três accionistas da Eneop – EDP Renováveis, Enel Green Power e Generg – vão adquirir os activos do consórcio, passando cada uma das empresas a gerir os parques eólicos autonomamente, de acordo com o jornal Expresso, que cita notificações feitas na Autoridade da Concorrência (AdC) nas últimas semanas.

Desenvolvido em 2005, para um concurso lançado pelo Governo português para equipar o país com parques eólicos, o consórcio Eneop consolidou-se, na última década, como o maior e mais ambicioso projecto de energia eólica do país, ponde de pé um conjunto de parques com 1.200 megawatts (MW) de potência

“Ligámos à rede eléctrica o último megawatt em Janeiro. A repartição de activos é a continuação do que estava estipulado desde o início do consórcio”, explicou ao Expresso o presidente da Eneop, Aníbal Fernandes. “Estamos desde Janeiro a tratar dos pormenores da separação de activos”, acrescentou o mesmo responsável, notando que esse é um processo jurídico “muito complexo”.

A separação de activos da Eneop dará a cada uma das empresas fundadoras do consórcio uma parcela em linha com as respectivas participações accionistas, já que ao longo do desenvolvimento do projeto todos os investidores aplicaram recursos financeiros proporcionais ao peso que tinham na Eneop: EDP Renováveis e a Enel Green Power têm 40% da Eneop, e a Generg, empresa controlada pelo fundo Novenergia, os restantes 20%.

A repartição de parques eólicos não terá como único critério a potência total de cada empreendimento. O processo também terá em conta o valor relativo de cada parque, dado que uns têm uma rentabilidade maior que outros, por terem localizações em que o vento é mais abundante.

O projeto da Eneop teve como principal parceiro industrial a alemã Enercon, que passou a produzir na região de Viana do Castelo os equipamentos destinados aos parques da Eneop, desde as pás eólicas aos aerogeradores, passando pelas torres. Estiveram também envolvidas também várias empresas portuguesas, como a A. Silva Matos e a CME, entre outras.

Foto: candi… / Creative Commons





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