EDP lança fundo de 500 mil euros para acesso a energia limpa em países em desenvolvimento
A EDP lançou um fundo na área do acesso à energia, que irá atribuir cerca de meio milhão de euros por ano a projetos ligados a soluções renováveis que promovam o desenvolvimento ambiental, social e económico de comunidades rurais em países em desenvolvimento. As candidaturas da primeira edição do fundo decorrem de 22 de outubro a 25 de novembro e são destinadas a entidades de todo o mundo, com e sem fins lucrativos, que pretendam desenvolver projetos no Quénia, Tanzânia, Moçambique e Malauí.
O lançamento desta iniciativa resulta da nova estratégia lançada este ano pela EDP na área de acesso à energia (A2E). Além da criação do fundo, a nova estratégia de A2E prevê ainda o investimento de 12 milhões de euros nos próximos três anos na aquisição de empresas com soluções sustentáveis para acesso à energia, tendo já sido dado o primeiro passo em outubro com a compra de uma participação na SolarWorks! — empresa com operação em Moçambique dedicada à comercialização de soluções descentralizadas de energia solar.
A escolha dos quatro países abrangidos nesta primeira edição do fundo da EDP está relacionada com a estratégia definida este ano, que dá prioridade a investimentos na África Oriental, pela maior estabilidade política e pela sua dinâmica de desenvolvimento económico.
“O acesso à energia deve ser uma preocupação e prioridade de todos nós. No âmbito da nossa estratégia de acesso à energia, iniciada em 2009, cujo objetivo é beneficiar mais de 200 mil pessoas nos próximos três anos, lançamos hoje um fundo para investir em projetos de soluções renováveis, com um impacto relevante para as comunidades dos países em desenvolvimento”, destaca António Mexia, presidente executivo do grupo EDP.
O fundo vai centrar-se em cinco grandes temáticas para as quais a energia dá um contributo fundamental: educação, saúde, água e agricultura, empresas e comunidade. Os projetos serão selecionados de acordo com critérios como impacto social, parcerias, sustentabilidade, potencial de expansão e número de beneficiários. Os apoios a conceder a cada projeto variam entre um mínimo de 25 mil euros e um máximo de 100 mil euros.
Após a receção das candidaturas, decorrerá a fase de seleção dos projetos, que termina a 21 de dezembro. Em janeiro será formalizada a atribuição das verbas aos projetos, que devem ser implementados ao longo do próximo ano.