EDPR atinge máximo de 4,3 GW de projetos renováveis em construção em setembro
A EDP Renováveis (EDPR) atingiu o máximo histórico de 4,3 gigawatts (GW) de projetos em construção em setembro, que corresponde a uma subida de 1,1 GW face a junho, anunciou ontem a empresa.
“Nos primeiros nove meses de 2022 a EDP Renováveis aumentou em 1,3 GW a sua capacidade instalada de energias renováveis (com um aumento de 0,7 GW no 3.º trimestre de 2022), sendo que o volume de projetos renováveis que a EDPR tinha em construção atingiu o máximo histórico de 4,3 GW a setembro de 2022 (uma subida de 1,1 GW face a junho), incluindo sobretudo projetos com entrada em operação prevista até ao final de 2022 e durante 2023”, informou a elétrica, em nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), sobre os resultados operacionais dos primeiros nove meses do ano.
Segundo a mesma nota, a capacidade instalada da EDPR aumentou para 14,3 GW, com a Europa e América do Norte a representarem 38% e 49% do portfólio, respetivamente.
Daquele valor, 12,5 GW dizem respeito a tecnologia eólica em terra (‘onshore), 1,5 GW a solar e 1,5 GW de capacidade bruta de eólico no mar (‘offshore’) em operação.
Nos últimos 12 meses, a EDPR adicionou 2,6 GW de capacidade renovável, com a conclusão de transações de rotação de ativos nos Estados Unidos da América (EUA) e em Portugal, no quarto trimestre de 2021, e na Polónia, Espanha e Itália nos primeiros nove meses deste ano.
Assim, face aos primeiros nove meses do ano passado, a variação líquida do portfólio foi de mais 1,3 GW.
De janeiro a setembro, os acréscimos de capacidade somaram 1,3 GW, dos quais 0,7 GW no terceiro trimestre, impulsionadas, sobretudo, pela integração dos ativos solares na região da Ásia-Pacífico (APAC), que agora representa 5% do portfólio da EDPR, bem como na América do Sul, onde se adicionaram 0,3 GW, e na Europa, onde foram adicionados 0,2 GW.
A empresa deu ainda conta de ter produzido 24,4 terawatts-hora (TWh) de energia verde, no período em análise, o que corresponde a uma subida de 14% face ao mesmo período de 2021, “evitando 15 milhões de toneladas de emissões de CO2, com a Europa e América do Norte a representarem 35% e 55% da produção total, respetivamente”.
Na Europa a produção aumentou 10% em relação aos primeiros nove meses de 2021, “impactada pela maior capacidade instalada e recurso renovável estável”, enquanto na América do Norte a produção foi superior em 9%, “refletindo o melhor recurso renovável registado na região”.
Foi, porém, na América do Sul que a produção registou o maior aumento (+58%) comparativamente ao mesmo período do ano anterior, “dada a maior capacidade instalada no Brasil, parcialmente neutralizada pelo recurso renovável mais baixo”, apontou a EDPR.
A produção na APAC, depois das adições de capacidade solar feitas durante o ano, representa 2% da produção total da EDPR.
Por fim, o fator de utilização também subiu de 28%, nos primeiros nove meses do ano passado, para 30%, no mesmo período deste ano, “refletindo um Índice renovável em linha com a média de longo-prazo do Fator Bruto de Utilização esperado (+5pp vs 9M21)”.