Entidades públicas e privadas reunidas na mesma plataforma para melhorar decisão estratégica sobre fogos rurais



A plataforma informática de interoperabilidade entre entidades públicas e privadas que vai reunir informação sobre planeamento, previsão, apoio à decisão, avaliação de prejuízos e gestão de fogos rurais foi hoje apresentada em Lisboa.

A Plataforma Interoperável do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR) foi apresentada no encontro “Da informação do território à decisão estratégica em fogos rurais” organizado pelo Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e o Laboratório Colaborativo para Gestão Integrada da Floresta e do Fogo.

A Plataforma de Interoperabilidade do SGIFR (PLIS) começou a ser desenvolvida pela AGIF em 2020 e hoje foram apresentados os resultados da primeira fase do projeto que visa resolver o problema de “interconexão dos dados e irá contribuir para uma melhoria substancial dos sistemas de informação e comunicação”, segundo o ICNF

O PLIS vai agregar informação de cerca de 30 entidades, como o ICNF, bombeiros, Associação Nacional de Municípios, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, GNR, Forças Armadas, Polícia Judiciária e Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A PLIS vai permitir que todas as entidades interajam, partilhem informação, comuniquem entre si e com o cidadão, estabelecendo também a base essencial para o desenvolvimento futuro na AGIF dos sistemas de apoio à decisão, apoio à gestão, e de governação do SGIFR.

Na cerimónia de encerramento do encontro, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, considerou que “é partir desta base que os processos de cooperação podem robustecer-se” e que “os processos de gestão e de transformação se podem concretizar”.

Matos Fernandes sublinhou que a prevenção, supressão e combate aos fogos podem ser diferentes a partir desta partilha de informação”.

“Termos agora a construção de uma floresta inteligente, em que sabemos de quem é o quê, de quem é a responsabilidade do quê, de quem se pode organizar em torno de um tronco de informação comum e poder partilhá-la, construí-la e interpretá-la para agir é absolutamente fundamental”, disse.

Na iniciativa foi também apresentada o projeto piloto ‘áGiL’, que está a ser promovido pela ICNF, para a gestão do território, da floresta e dos fogos rurais, cujos resultados e a avaliação dos produtos cartográficos gerados contribuirão para o desenho da primeira cobertura nacional de dados LIDAR (imagens satélite e áreas de alta precisão).

Segundo o ICNF, o ‘áGiL’ visa gerar cartografia sobre a quantidade, a densidade e a estrutura do combustível, que permita avaliar a biomassa, o material lenhoso, o ecossistema, o carbono armazenado, o edificado e outras infraestruturas, e definir as áreas prioritárias de intervenção, nas áreas florestais e na interface urbano-florestal.

Este projeto piloto está a ser desenvolvido no Parque Florestal de Monsanto (concelho de Lisboa), Mafra, Pombal, Sintra e Cascais, Proença-a-Nova e Oleiros, Serra da Lousã e Vila Pouca de Aguiar.

Para o ministro, estes projetos são um “novo olhar” que “ensina a saber ler o território”.





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