Espanha: homem que envenenou espécies selvagens condenado a dois anos de prisão



Um criador de gado da Cantábria, no norte de Espanha, foi considerado culpado no maior caso de envenenamento de fauna selvagem daquela região, tendo sido condenado a dois anos de prisão e ao pagamento de uma coima de mais de €90.000.

O caso de envenenamento remonta a Dezembro de 2011, quando técnicos ambientais e a Guarda Civil espanhola encontraram animais de várias espécies mortos nos campos de Las Quintanillas, no município de Valdeolea. De acordo com a Sociedade de Ornitologia Espanhola, entre os animais mortos estavam onze milhafres-reais – espécie em risco de extinção no território espanhol – uma águia-de-asa-redonda, quatro grifos e seis raposas.

As análises toxicológicas feitas aos cadáveres dos animais revelaram que estes haviam sido envenenados com um insecticida altamente tóxico. Investigações posteriores determinaram que o criador do gado seria o presumível autor do crime e teria utilizado o veneno para proteger os bezerros e potros de eventuais ataques de animais selvagens.

Além da multa e da pena de prisão, o autor do crime fica ainda proibido de poder caçar durante quatro anos e dois anos sem poder exercer a sua profissão. O homem fica ainda obrigado a pagar, como compensação ao desequilíbrio causado à população de milhafre-real, os custos do seguimento das populações invernantes e na época de reprodução na Cantábria durante os próximos três anos, sendo que o custo de seguimento é de €9.500 por ano.

Foto: António Guerra / Creative Commons





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