Especialista defende BRT como alternativa ao metro de superfície entre Braga e Guimarães



O sistema Bus Rapid Transit (BRT), já utilizado com sucesso em países como Brasil, França e Estados Unidos, pode ser uma alternativa mais barata à linha ferroviária entre as cidades de Braga e Guimarães, falada há vários anos e perspectivada na proposta de revisão do PDM (Plano Director Municipal).

Segundo explica o Menos Um Carro, esta ideia foi defendida pelo arquitecto Tomás Allen, especialista em transportes públicos e renovação urbana, à margem de uma acção com trabalhadores dos Transportes Urbanos de Braga (TUB).

Este gestor de projectos no Departamento de Transportes de Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, adiantou ainda que a linha de metro de superfície que a proposta de PDM acautela com a reserva de um espaço canal, “não será a única” via possível para ligar Braga e Guimarães, escreve o Correio do Minho.

Assim, o sistema BRT – um autocarro com uma faixa exclusiva, que o impede de ficar preso no trânsito – deve ser equacionado como uma proposta menos pesada em termos de investimento.

Esta solução de “transporte rodoviário em canal dedicado, sem interferências de trânsito individual pode funcionar”, considerou Tomás Allen, destacando que a criação de faixas exclusivas para autocarros, com um modo de funcionamento idêntico ao transporte sobre trilhos, pode ser equacionada, caso os estudos de procura não justifiquem o investimento mais vultuoso na ferrovia.

A nível concelhio, Tomás Allen incentivou os TUB “a desenvolver transporte colectivo que cative as pessoas”, através da melhoria das condições de conforto e a “disponibilização de tecnologias”. Acesso à Internet, dispositivos de carregamento de telemóveis, ar condicionado e música ambiente nos autocarros foram sugestões apresentadas pelo arquitecto que desafiou a administração e colaboradores a perguntarem aos passageiros como é que os TUB os podem “fazer felizes dentro do transporte público”.

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Foto:  EMBARQ Brasil / Creative Commons





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