Estados Unidos aprovam plano para exploração de petróleo e gás em reserva da vida selvagem no Alasca



O Departamento do Interior norte-americano aprovou hoje um programa de exploração de petróleo e gás na Reserva Nacional de Vida Selvagem do Ártico, no Alasca, extenso lar para ursos polares, renas e outros animais selvagens.

O secretário do Interior, David Bernhardt, assinou o Registo da Decisão, que determinará onde será feita a exploração de petróleo e gás na planície costeira do Alaska’s Arctic National Wildlife Refuge (ANWR), uma faixa de terra de 1,56 milhões de acres (6,313 milhões de hectares) na costa norte do Alasca com o mar de Beaufort.

“O Congresso deu-nos a indicação para realizar vendas de ‘leasing’ na planície costeira da ANWR e demos um passo significativo no cumprimento das nossas obrigações, ao determinar onde e em que condições o programa de desenvolvimento de petróleo e gás irá ocorrer”, disse Bernhardt, numa declaração.

O Congresso dos Estados Unidos aprovou o programa em 2017 e o Gabinete de Gestão de Terras, em dezembro de 2018, concluiu que a perfuração poderia ser feita na zona de planície costeira sem prejudicar a vida selvagem.

“O anúncio de hoje é um marco no Alasca num percurso de 40 anos para desenvolver responsavelmente o nosso estado e a nova fronteira energética do país”, disse o governador, Mike Dunleavy.

O governador republicano considerou a decisão de hoje “um passo definitivo na direção certa para desenvolver o potencial energético desta área”, que se calcula ser entre 4,3 e 11,8 mil milhões de barris de reservas de petróleo tecnicamente recuperáveis.

Grupos ambientalistas criticaram de imediato a abertura da reserva e prometeram litigar.

“O chamado processo de revisão da administração Trump para a descarada venda da Reserva Ártico tem sido, desde o início, uma farsa. Vamos vê-los em tribunal”, avisou a responsável pela campanha do Sierra Club Our Wild America, Lena Moffitt.

O diretor executivo da Liga da Natureza Selvagem do Alasca, Adam Kolton, frisou que o clima “está em crise” e “os preços do petróleo afundaram”, no entanto, “a administração Trump [Presidente dos Estados Unidos] continua a sua corrida para liquidar o último grande deserto da nossa nação, pondo em risco os povos indígenas e a icónica vida selvagem que dele dependem”.





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