Estratégia da eurocidade Chaves-Verín 2030 tem como elemento central o rio Tâmega



A eurocidade Chaves–Verín delineou um plano estratégico de cooperação territorial até 2030 que tem como “espinha dorsal” o Tâmega e pretende valorizar este rio nas dimensões ambiental, turística, agroalimentar e económica.

“Há um entendimento que o nosso elemento central, agregador e estratégico, o nosso valor maior é o rio Tâmega (…). A espinha dorsal deste nosso plano é verdadeiramente o rio Tâmega”, afirmou  à agência Lusa o presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz.

O Plano Estratégico de Cooperação Territorial 2030 foi delineado no âmbito do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) eurocidade Chaves (Portugal) – Verín (Espanha).

“Este plano foi construído para além das questões da cidadania europeia, das questões de cooperação transfronteiriça, da Proteção Civil e também da saúde. Mas a mudança que acontece relativamente ao último plano estratégico é haver um consenso entre os parceiros, neste caso as câmaras de Chaves e Verín, que é de facto que o elemento que nos liga é o rio Tâmega”, sustentou o autarca português.

A eurocidade quer ser um “ator relevante” para o desenvolvimento deste território transfronteiriço, adotando o “recurso água” e o “rio Tâmega” como elementos diferenciadores e aglutinadores da estratégia, nas suas múltiplas dimensões.

Dimensões como, segundo explicou o autarca, a ambiental, da qualidade da água, bem como o uso racional e eficiente da água, dimensão económica ou turística, lúdica e desportiva.

Nuno Vaz apontou ainda questões que causam preocupação e que estão relacionadas com as alterações climáticas, que podem provocar carência do recurso água ou cheias, bem como incêndios.

A propósito deste rio internacional, que nasce em Espanha e desagua no rio Douro, em Portugal, Nuno Vaz disse ainda que está a “ser construída uma candidatura para um projeto Life”, que classificou como o “mais emblemático” da estratégia até 2030 da eurocidade.

O projeto está relacionado com a reabilitação do curso de água, com a consolidação das margens, com a eliminação dos contaminantes que têm um impacto negativo na qualidade da água, mas também com a sua valorização turística, criando condições e aptidões para que o rio possa ter outro tipo de utilizações lúdicas e desportivas, e na reabilitação do edificado existente, como moinhos.

A estratégia incide ainda nas águas termais porque, segundo acrescentou, “quer Chaves quer Verín têm um potencial muito importante de crescimento no que diz respeito ao termalismo, quer de saúde quer de bem-estar”.

E inclui um plano de ação que se divide em quatro ações integradas, sendo a primeira a “eurocidade integra”, que visa o desenvolvimento da cidadania transfronteiriça.

A segunda é a “eurocidade investe” que tem a ver com dinamização da atividade económica transfronteiriça, seguindo-se depois a “eurocidade valoriza”, que está relacionada com a valorização do território transfronteiriço como suporte para o desenvolvimento sustentável e, por fim, a “eurocidade Institucional” que consiste em criar mecanismos de governança adequados para a afirmação da eurocidade como motor da cooperação transfronteiriça.

Os dois municípios, que estão unidos desde 2007 no AECT, já partilham um cartão de cidadão que dá acesso a piscinas, bibliotecas, eventos, formações ou concursos, bem como uma sede, uma agenda cultural, instalações desportivas e recreativas e atividades conjuntas.





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