Estudantes pelo fim aos fósseis atiram tinta verde ao Ministro das Finanças



Esta tarde, vários estudantes da Greve Climática Estudantil interromperam um evento que decorria na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa sobre o orçamento de estado para 2024, atirando tinta ao ministro das finanças.

Este foi mais um protesto contra a “recusa do governo em fazer a transição justa que garante que temos um futuro”, de acordo com a porta voz, Beatriz Xavier, estudante de 19 anos.

“Dissemos que não há paz até ao Último Inverno de Gás, e o orçamento não contempla um plano de como vamos parar de usar o gás fóssil”, refere Beatriz. “Este é um passo essencial para nos mantermos dentro dos limites ditados pela ciência. Não é negociável, é uma necessidade existencial”.

Os estudantes estão a organizar várias ações em que prometem que “Não há paz até ao Último Inverno de Gás”, ou seja, que não vão dar paz ao governo até que ele lhes garanta o fim aos combustíveis fósseis até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, garantindo que este é o último inverno em que gás metano é utilizado para produzir eletricidade.

“O governo continua a dar pequenos passos como se tivéssemos décadas para realizar a transição energética, temos até 2030. Este orçamento é o espelho deste governo: negacionista e criminoso. Estamos em plena crise climática, como é possível o principal foco deste orçamento não ser uma transição justa para energias renováveis? Isto é um crime contra a nosso futuro e a nossa vida”, diz Beatriz.

Os estudantes prometem voltar dia 13 de novembro com uma onda de ações em que vão parar escolas e instituições. Anunciaram ainda que durante esta onda, dia 24, vão ocupar o Ministério do Ambiente, que, segundo Beatriz, “representa a inação geral do nosso governo em lidar com esta crise”. “Vamos mostrar que se o governo se recusa a garantir o nosso futuro, o vamos tomar pelas nossas próprias mãos”, acrescenta.

 

 





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