EUA: 310 chimpanzés livres de testes biomédicos
Depois de muitas décadas de duras batalhas em defesa dos direitos dos animais e da imoralidade dos testes realizados com eles, o National Institutes of Health (NIH), nos Estados Unidos, anunciou que vai deixar de usar chimpanzés em quase toda a sua pesquisa médica governamental.
Isto significa que 310 chimpanzés mantidos em gaiolas de laboratório durante quase toda a sua vida serão libertados, para viver o resto dos seus dias em refúgios que imitam o habitat natural.
Esta decisão era aguardada há vários anos. Em 2011, o Instituto de Medicina declarou que já não se justificativa o uso de chimpanzés na investigação médica invasiva.
“Os americanos têm-se aproveitado imensamente dos chimpanzés para a investigação biomédica, mas os novos métodos e tecnologias científicas tornaram a sua utilização na investigação em grande parte desnecessária”, disse em comunicado Francis Collins, director do NIH.
“Após uma extensa consideração com a orientação de especialistas, estou confiante de que reduzir o seu uso [dos chimpanzés] em pesquisas biomédicas é a coisa certa a fazer.”
O destino dos 310 chimpanzés presos nos centros de pesquisa do NIH ainda é incerto. A organização admite que 50 animais continuarão ao serviço de estudos médicos importantes que não podem ser realizados de outra forma. Os restantes provavelmente seguirão para o Federal Sanctuary System, embora se saiba que algumas instalações estão muito cheias e não podem aceitar para já os animais.
Segundo a imprensa norte-americana, o NIH está actualmente a explorar locais adicionais com habitats semelhantes à natureza onde os chimpanzés poderão ficar a viver.
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