EUA: Exército vai acabar com treinos médicos em animais vivos
O Departamento da Defesa norte-americano decretou o fim da utilização de animais vivos nos treinos médicos do Exército. O término da prática, que vai entrar em vigor no início de 2015, vai permitir salvar a vida de milhares de animais anualmente.
O Pentágono instruiu já todos os ramos das Forças Armadas para acabar com a utilização de animais em testes laboratoriais e programas de treino de médicos. Tais programas implicavam operações e amputações em porcos conscientes sem qualquer tipo de anestesia – o que segundo defendiam as autoridades militares permitia simular melhor as condições de guerra -, bem como a exposição de macacos a químicos, ou a entubação de gatos e furões, embora haja relato de práticas extremamente violentas.
Com a proibição, os Estados Unidos vão juntar-se a outros 22 membros da NATO que já aboliram o uso de animais nos programas militares de treino médico. “O Sistema de Saúde Militar utiliza animais para educar, treinar e preparar pessoal médico para cuidar dos nossos militares em perigo. Contudo, temos de progredir no sentido da normalização, refinamento, substituição e redução do uso do nosso modelo de animais vivos”, escreve Jonathan Woodson, oficial de saúde do Pentágono, em comunicado, cita o Dodo.
Em substituição dos animais vivos, os treinos militares médicos vão passar a utilizar manequins extremamente reais que simulam o corpo de um ser humano vivo. Este tipo de manequins é amplamente utilizado no treino médico civil.
Porém, a norma não vai acabar com todos os testes em animais vivos. Os animais vão continuar a ser utilizados em testes de armamento para “replicar o trauma do campo de batalha”.
Foto: U.S. Army Europe Images / Creative Commons