Excesso de sal no solo destrói terrenos do tamanho de Manhattan todas as semanas



Um novo estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) revela que o excesso de sal no solo destruiu, ao longo dos últimos 20 anos, cerca de 20% de todos os terrenos mundiais irrigados – uma área equivalente ao tamanho da França. Tal corresponde à destruição diária média de 2.000 hectares de plantações irrigadas em zonas áridas ou semiáridas espalhadas por 75 países nas últimas duas décadas.

Em 2050, a população mundial deverá atingir os 10 mil milhões de pessoas e, como tal, a civilização humana não se pode dar ao luxo de perder terrenos agrícolas férteis e aráveis. A quantidade de terra destruída pelo excesso de sal aumentou de 45 milhões de hectares, em 1990, para 62 milhões na actualidade.

A destruição de terrenos pelo sal acontece em zonas onde a precipitação é muito baixa para gerar um fluxo regular de águas pluviais através do solo e onde a irrigação é praticada sem um sistema de drenagem natural ou artificial. O sal começa então a acumular-se no solo, mesmo que a irrigação seja feita com a água mais fresca possível, e à medida que a água evapora, a partículas salgadas vão-se acumulando nos terrenos. Adicionalmente, as plantações filtram selectivamente o sal da água através dos seus sistema radiculares, concentrando ainda mais a carga de sal no solo, refere o Inhabitat.

O estudo, “Economics of salt-induced land degradation and restoration”, foi publicado na Natural Resources Forum. Adicionalmente, o documento revela ainda os custos extensivos da salinização, que incluem €21,9 mil milhões em perdas agrícolas por ano.

Foto: BITS_flux / Creative Commons





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