Extinção do Rinoceronte-lanudo foi provocada pelas alterações climáticas e não pela caça, indica novo estudo



O Rinoceronte-lanudo é uma espécie de mamífero que viveu na Era do Gelo, parente dos atuais Rinocerontes. Tinha dois metros de altura e pesava entre 2 a 3 toneladas.

Um novo estudo, publicado na Current Biology, defende que a causa mais provável para a extinção da espécie foram as alterações climáticas. O aumento da temperatura pôs em causa a sua sobrevivência, dado que estavam habituados a temperaturas mais frias.

Anteriormente pensava-se que o Rinoceronte-lanudo teria desaparecido devido à caça excessiva, com o surgimento dos seres humanos na Sibéria. No entanto, os cientistas descobriram que, embora esse fator tenha tido alguma influência, não foi a principal causa.

A equipa investigou o DNA de 14 animais para estudar a sua população, e confirmou que esta se manteve estável mesmo após o Homem ter começado a habitar na região. Várias descobertas apontam para o seu aparecimento há 30 mil anos, e a espécie só começou a desaparecer há cerca de 14 ou 15 mil anos atrás.

“O declínio em direção à extinção do Rinoceronte-lanoso não coincide tanto com o primeiro aparecimento dos humanos na região. De facto, vemos algo como um aumento no tamanho da população durante esse período”, afirma o autor Love Dalén, do Museu de História Natural Sueco, na Science Daily.

Em 2015 foram descobertos restos mortais de um Rinoceronte-lanudo com dez mil anos, apelidado de Sasha pelos cientistas, em solo permafrost na Sibéria.





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