Florestas da Europa atingiram ponto de saturação de carbono



As florestas europeias dão sinais de terem atingido um ponto de saturação e, desde 2005, a quantidade de carbono absorvido pelas árvores do continente tem vindo a diminuir. Segundo um estudo publicado na Nature Climate Change, há um número cada vez menor de árvores e um aumento de “distúrbios naturais” – como fogos florestais -, o que está a levar a esta saturação.

Assim, muitas das florestas da Europa estão a chegar a um ponto em que tanto o seu crescimento como capacidade para absorver carbono estão a diminuir, diz o estudo.

O estudo admite que as florestas estão a recuperar da excessiva desflorestação, mas há provas de que a taxa de aumento de volume do tronco das árvores individuais está a diminuir. Isto depois de décadas de crescimento.

Por outro lado, o uso cada vez mais intensivo da terra está a levar a novas desflorestações e consequentes perdas de carbono. Finalmente, algumas perturbações naturais – como fogos florestais – estão a aumentar e, com elas, as emissões de CO2.

O estudo nota que, desde a revolução industrial, o aumento das emissões de carbono tem levado os humanos a modificar o ciclo do carbono. Agora, em vez de este estar armazenado na geosfera, é libertado na atmosfera. E ainda que as árvores cubram até 50% do Continente, apenas absorvem 10% das emissões de carbono – e isso não é suficiente.

“Algumas florestas atingiram os 70 ou 80 anos, e estão numa fase da vida da árvore onde a taxa de crescimento começa a decrescer. Temos de nos concentrar mais na contínua produção de madeira e rejuvenescer as florestas”, resume o estudo.





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