Fome mundial: o que podemos fazer para pôr comida no prato de quem mais precisa?



A fome no mundo é um dos maiores flagelos que atinge a nossa sociedade nos dias que correm. Diariamente lemos notícias com dados que nos impressionam e nos fazem questionar onde está a nossa sociedade a falhar, mas também inquirir o que podemos fazer para ser uma força activa na resolução deste problema.

Para o presidente do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola, Kanayo F. Nwanze, “se a comunidade mundial está mesmo empenhada num mundo sem fome, precisamos de dar prioridade a soluções para evitar a perda de alimentos ao longo de toda a cadeia de valor agrícola.”

O responsável por esta instituição é defensor da ideia que as várias entidades internacionais, mas também a sociedade, podem dar vários passos que, esperamos, nos aproxime mais um pouco da erradicação da fome no mundo.

Para Kanayo esta ideia passa por:

–  Aumentar os investimentos em instalações de secagem, armazenamento e tratamento de grãos e culturas perecíveis, em estradas decentes e no acesso das pessoas aos mercados para que possam vendam os seus produtos antes que estes se deteriorem.

– Treinar engenheiros para projectar instalações e equipamentos adequados e localmente adaptados que sejam fáceis de manter e acessíveis aos agricultores.

– Criar mais cooperativas agrícolas e grupos de agricultores para que estes possam colectivamente investir e manter equipamentos, diminuir o custo das instalações de trituração, secagem, moagem e armazenamento e agregar os seus produtos para um transporte seguro até ao mercado.

– Assegurar que agricultores e grupos de agricultores tenham acesso a pacotes financeiros para que possam investir na redução das perdas de alimentos.

Em conversa com o Huffington Post blog, aqui partilhado pelo portal Protege o que é bom, Kanayo F. Nwanze diz ainda que “neste momento, muitos agricultores estão a vender os seus produtos o mais rápido possível – mesmo directamente no campo – para minimizar as perdas. Mas se tiverem o conhecimento e os equipamentos para evitar as perdas, podem armazenar as suas colheitas até que os preços sejam mais elevados e até mesmo começar a processá-los para agregar valor. Quando as perdas de alimentos forem minimizadas, os 500 milhões de pequenos agricultores do mundo produzirão rendimentos excessivos suficientes para se tornarem negócios sustentáveis. E quando isso acontecer, não vamos apenas eliminar a fome extrema até 2030 – estaremos no caminho para eliminar a pobreza extrema também.”

Foto: via Creative Commons 





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