Furacões: cada vez menos mas com maior intensidade. Consequência das alterações climáticas?
O Clima tem vindo a sofrer alterações ao longo dos anos muito predominantemente devido à atividade humana. Factores como a desflorestação, a agricultura intensiva e a queima de combustíveis fósseis, que levam à emissão de gases de efeito de estufa na atmosfera (Dióxido de carbono, dióxido de azoto).
De acordo com os cientistas, as alterações climáticas não são a causa das tempestades tropicais e dos furacões, mas podem ser um fator que intensifica o seu desenvolvimento.
A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) estuda esta relação entre as duas vertentes, e embora seja cedo para comprovar a influência direta da atividade humana nos ciclones, os especialistas afirmam que o aquecimento global leva ao aumento da intensidade dos furacões.
Um estudo publicado na Nature, refere que entre 1949 e 2016 os furacões diminuíram 10% da sua velocidade. No entanto, a NOAA explica que as tempestades estão a ficar mais fortes no geral, ainda que a ocorrência seja menor. “Portanto, a ideia sugere que haverão menos tempestades tropicais e furacões em todo o mundo, mas que serão um pouco mais intensas do que as que temos hoje, e a quantidade de chuva também será maior”. O aumento do nível do mar leva também ao aumento de inundações nas zonas costeiras.
“Os resultados mostram que as tempestades se tornaram mais fortes a nível global e regional, o que corresponde às expectativas de como os furacões respondem a um mundo em aquecimento” explica à MNN (Mother Nature Network) o cientista James Kossin, da NOAA.
Segundo a entidade, um modelo de alta resolução em que se baseiam prevê o duplicar da frequência de furacões intensos no Atlântico até ao final do século XXI.