Future Fit, a estratégia que promove uma sociedade responsável, justa e regeneradora



Geoff Kendall, CEO da Fundação Future-Fit e John Elkington, fundador da Volans e “pai da sustentabilidade”, uniram-se em mais uma sessão do evento Planetiers World Gathering, para falar sobre sustentabilidade e apresentar uma ferramenta que pode mudar a estratégia das empresas no futuro.

A Future-Fit é uma fundação do Reino Unido que desenvolveu a Future-Fit Business, uma ferramenta estratégica para empresas e investidores que promove um negócio mais sustentável e controla o seu impacto no mundo. O seu objetivo é criar uma sociedade futura ambientalmente restauradora, socialmente justa e economicamente inclusiva.

Os empreendedores afirmam que as empresas começam a perceber o conceito de sustentabilidade e a necessidade de mudança, e começam inclusive a questionar de onde vêm os seus lucros. Porém, nem sempre sabem como agir, sendo por isso a estratégia da Future-Fit essencial.

Segundo Geoff, “precisamos de novos fluxos de informações extra-financeiras que captem todos os impactos de forma holística”, uma estratégia que engloba os investidores, as empresas e o governo. É necessário que “os dados da empresa sejam concisos, comparáveis e prósperos”, que as empresas tenham uma “orientação que oferece uma visão prática para conduzir a melhores decisões”, e que através do governo, existam “regras de mercado e incentivos para promover a inclusão económica, a justiça social e a restauração ambiental”.

As empresas devem eliminar o seu impacto negativo, evitando ações que prejudiquem o ambiente e o bem-estar, e ajudar a reduzir o impacto negativo nos outros, levando-os a evitar igualmente essas ações. Em simultâneo, estas devem contribuir para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS).

Num mundo em que a estratégia da Future-Fit está presente, garante Geoff, a economia torna-se responsável, regenerativa e resiliente; A sociedade tem acesso a água potável e a energias renováveis, os recursos naturais têm uma gestão consciente de forma a garantir o bem-estar dos ecossistemas, das espécies e das comunidades, e a presença humana não tem impacto negativo no Planeta, pelo contrário, contribui para a sua salvaguarda.

“Uma das características que nos difere das leis do comércio de emissões de carbono, é que não tentamos pôr um valor nos impactos sociais e ambientais”, explica Geoff Kendall, “as pessoas pensam que podem negociar o impacto de um com o outro”. “Se temos um valor atribuído para manter os hectares da floresta tropical no Brasil e um valor para as pessoas terem uma gravidez saudável na Índia, as duas coisas não podem ser misturadas, não funciona assim”.

Contudo, ambos garantem que “os governos começam a investir assim que percebem o peso da questão” e a preocupação em implementar um futuro mais sustentável, nas suas populações.

O próximo passo previsto pela Future-Fit é traduzir os seus guias para outras línguas além do inglês, através de parcerias com os diferentes países, a fim de conseguirem chegar ao máximo de pessoas possível.





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