Galp diz que aposta em eólica ‘offshore’ no país vai depender do quadro regulatório
A aposta da Galp em energia eólica no mar (‘offshore’) em Portugal vai depender dos desenvolvimentos do quadro regulatório, disse ontem a petrolífera, que sublinhou ser cedo para falar em compromissos e modelos de negócio.
“O nosso compromisso vai depender da forma como o quadro regulatório para as eólicas ‘offshore’ se vai desenvolver”, disse Georgios Papadimitriou, da Comissão Executiva da Galp, com as áreas de Renováveis, Inovação e Novos Negócios, na habitual chamada com analistas após a divulgação de resultados.
A Galp e a TotalEnergies anunciaram, em 20 de junho, um acordo para a exploração conjunta de potenciais oportunidades eólicas ‘offshore’ em Portugal, no âmbito do plano do Governo para a promoção de 10 Gigawatts (GW) daquela energia renovável, ao largo da costa do país, nos próximos anos.
Questionado sobre detalhes do acordo, Georgios Papadimitriou sublinhou que se trata de uma oportunidade a “longo, longo prazo”.
“É muito cedo para falar sobre modelo de negócios e compromissos”, acrescentou o responsável, membro do Conselho de Administração da Galp e da Comissão Executiva desde janeiro de 2022.
Em 30 de maio, a secretária de Estado da Energia, Ana Fontoura Gouveia, disse que o primeiro leilão eólico ‘offshore’ seria lançado até ao final deste ano, devendo o vencedor ser conhecido em 2024.
O grupo de trabalho para as eólicas ‘offshore’ propôs que, numa primeira fase, seja disponibilizada uma capacidade até 3,5 gigawatts (GW) em Viana do Castelo, Leixões e Figueira da Foz, ficando Sines e Ericeira-Cascais fora desta fase.
A restante capacidade deverá ser atribuída em fases subsequentes, até 2030, até perfazer 10 GW.
Prevê-se que o Plano de Afetação de áreas marítimas para exploração de energias renováveis (PAER) seja aprovado no último trimestre de 2023.
A Galp reportou hoje um lucro de 508 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, mais 21% do que no mesmo período de 2022.