Geninha Torres: a doméstica que se tornou empresária por acaso (com VÍDEO)
Até 2008, a doméstica Eugénia Torres passou vários anos a confeccionar bolos, compotas e frutos secos – todo o tipo de doces regionais para a região de Figueira de Castelo Rodrigo e arredores.
Um dia, deu a provar as suas célebres amêndoas doces a responsáveis da câmara de Figueira, que lhe deram autorização para vender em postos de turismo oficiais. O sucesso dos produtos de Eugénia levou a câmara a sugerir a expansão do negócio, financiada, em parte, com a candidatura a um fundo comunitário.
Da Europa chegaram €50 mil – 50% do investimento total – e Eugénia Torres passou a proprietária da marca Sabores da Geninha. Na sua nova fábrica, Eugénia chega a produzir 80 kgs de amêndoas doces por dia e conta com a ajuda da irmã e da sobrinha – uma empresa familiar, portanto.
As amêndoas são quase todas compradas a produtores regionais. Tudo o que Eugénia Torres precisa para confeccionar as suas compotas biológicas existe num raio de poucos quilómetros. Toda a produção é artesenal – Eugénia só usa máquinas para cortar a fruta.
“Os produtos não levam corantes nem conservantes. Os frascos ficam sem vácuo, pelo que aguentam muito tempo”, explicou Eugénia ao Economia Verde. Os doces têm a validade de dois anos.
Há já 80 produtos com a assinatura dos Sabores da Geninha, que são vendidos na fábrica, em feiras por todo o País e através da internet. A doméstica que se tornou empresária quer levar os sabores do Vale do Coa além-fronteira – nesta Páscoa, a Suíça foi um sucesso. Os agricultores de Figueira de Castelo Rodrigo agradecem.