Governo avança com transição da frota da IP e da CP para elétrica
O Governo quer avançar com a transição para o modo elétrico da frota automóvel da Infraestruturas de Portugal (IP) e da CP, no âmbito de medidas de redução dos custos de energia, segundo o relatório que acompanha o OE2023.
No documento, publicado com a proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), o Governo indicou que, “no âmbito da redução dos custos de energia, serão também levadas a cabo várias iniciativas, designadamente a transição energética das frotas automóveis, a realização de obras de remodelação dos edifícios e instalação de painéis fotovoltaicos e a aquisição de novos equipamentos, mais eficientes”.
Assim, o OE2023 destaca “a transição energética da frota automóvel da IP e Comboios de Portugal, E.P.E. (CP) para o modo elétrico”, bem como outros projetos, incluindo “o ‘Onshore Power Supply’ da APL [Administração do Porto de Lisboa] e APSS [Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra]”.
O Governo sublinhou ainda a “implementação da microrede elétrica verde no Porto de Aveiro para produção de energia renovável (eólica e solar) através da constituição de uma Comunidade de Energia Renovável” e a “otimização da gestão do campus do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, I.P., através da substituição dos atuais sistemas de iluminação interior e exterior por outros de menor consumo, substituição de caixilharias e janelas e instalação de painéis fotovoltaicos”.
Por fim, o OE2023 referiu a “consolidação do ‘datacenter’ da CP, concentrando servidores, climatização e ventilação; e implementação de sistema de telecontagem de energia elétrica com georreferenciação no material circulante”.
O Governo entregou hoje na Assembleia da República a proposta de OE2023, que prevê que a economia portuguesa cresça 1,3% no próximo ano e registe um défice orçamental de 0,9% do Produto Interno Bruto.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, afirmou que a proposta reforça os rendimentos, promove o investimento e mantém o compromisso com finanças públicas sãs num ambiente externo adverso de guerra na Europa e escalada da inflação.
O Governo visa reduzir o peso da dívida pública de 115% do PIB para 110,8% em 2023 e projeta que a inflação desacelere de 7,4% em 2022 para 4% no próximo ano.
A proposta vai ser debatida na generalidade no parlamento nos próximos dias 26 e 27, estando a votação final global do diploma marcada para 25 de novembro