Governo de Biden aperta normas sobre emissões para incentivar veículos elétricos



O governo dos EUA propôs quarta-feira normas mais estritas sobre as emissões poluentes dos automóveis, para incentivar a aquisição de veículos elétricos.

O desejo é que estas aquisições representem dois terços do total das vendas até 2032.

Este objetivo excede as ambições apresentadas há dois anos pelo presidente Joe Biden, que apontou para se atingir metade das viaturas vendidas nos EUA em 2030 fossem sem emissões (elétricas, a hidrogénio) ou com fracas emissões (híbridas recarregáveis).

Desta feita, não há metas exatas definidas.

As novas normas, que estão em consulta pública, devem permitir evitar cerca de 10 mil milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono até 2025, o que representa mais do dobro das emissões dos EUA em 2022, segundo a Agência de Proteção do Ambiente dos EUA (EPA, na sigla em Inglês).

Mas Arthur Wheaton, especialista do setor automóvel da Universidade Cornell, considerou que estas ambições se confrontam com desafios, desde logo políticos, porque as normas podem mudar com os presidentes, o que dificulta qualquer estratégia de longo prazo” para as empresas.

Por seu lado, os construtores continuam com problemas de abastecimento.

E os grandes construtores precisam de tempo para mudar todo um sistema de produção, desde a construção de fábricas de baterias até à modificação das cadeias de montagem. As viaturas elétricas representam uma parte menor das vendas da GM e Ford.

Os construtores têm ainda de gerir “a disponibilidade limitada das matérias-primas”, como o lítio, observou Wheaton, que mencionou ainda a necessidade de modernizar a rede elétrica e instalar mais pontos de carregamento.

“A questão não é saber se os objetivos (da EPA) podem ser atingidos, mas a que velocidade”, sublinhou, em comunicado, o presidente da Aliança para a Inovação Automóvel, John Bozzellale, que representa os construtores.





Notícias relacionadas



Comentários
Loading...