Governo francês “obriga” agricultores a salvarem o grande hamster da Alsácia



Os agricultores do noroeste da França, nomeadamente da região da Alsácia, vão ser obrigados a cultivar determinadas culturas específicas que sejam do agrado do grande hamster da Álsácia, numa tentativa de salvar a espécie nativa de roedor que está à beira da extinção.

O Governo tem já um plano orçamentado em €3 milhões (R$ 9,1 milhões), que será a derradeira tentativa para salvar o grande hamster. Os agricultores da região vão ter de reservar áreas de terreno para cultivar determinadas espécies de vegetais que sejam do agrado desta espécie de hamster, incluindo alfafa e milho.

Pensa-se que existam actualmente apenas 1.000 grandes hamsters em estado selvagem. Esta espécie de roedor cresce mais que os parentes que costumam ser adoptados como animais de estimação, sendo reconhecíveis pelo focinho branco, barriga preta, patas brancas e orelhas pequenas arredondadas. O grande hamster da Alsácia hiberna durante seis meses e passa a maior parte da vida sozinho.

O Tribunal Europeu de Justiça sentenciou já que a França não tem feito os esforços necessários para salar o roedor e este plano é a última oportunidade para conservar a espécie. O projecto de cinco anos prevê que os agricultores encorajem a reprodução do hamster. Espera-se que se consiga aumentar a população para pelo menos 1.500 roedores. A França tinha já implementado um programa para salvar o animal, em 2007, mas o tribunal europeu decretou agora que o país não está a fazer o suficiente.

O grande hamster da alsácia está protegido desde 1993, mas o número de animais caiu de 1.167, em 2011, para 161, em 2007, altura em que foi implementado o primeiro plano de recuperação da espécie.

Foto:  cdrussorusso / Creative Commons





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