Governo pretende destinar parte da verba do REPowerEU à eficiência energética



O secretário de Estado do Ambiente e da Energia, João Galamba, disse ontem que o Governo pretende destinar uma parte da verba do plano REPowerEU, para tornar a Europa independente de combustíveis fósseis russos, à eficiência energética.

“Uma parte da verba do REPowerEU pretendemos que vá também para esta área [da eficiência energética]”, afirmou o governante, durante a cerimónia de assinatura dos pactos entre a Adene – Agência para a Energia e a Confederação do Comércio e Serviços Portugal (CCP), a Associação Industrial Portuguesa (AIP) e a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC), no âmbito do Plano de Poupança de Energia (PPE) 2022-2023.

O REPowerEU é o plano da Comissão Europeia para tornar a Europa independente dos combustíveis fósseis russos antes de 2030, à luz da invasão da Ucrânia pela Rússia.

“O Governo continuará a apostar na área da eficiência energética, não só através de planos como este, mas também com o apoio, seja através do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], ou através do Fundo Ambiental, ou do REPowerEU. […] Vamos tomar mais iniciativas, ainda não está fechado, mas vai haver novos avisos para a área da eficiência energética”, apontou João Galamba.

O governante destacou que a “poupança de energia é a forma de energia mais barata” e que, “apesar de ser prioridade em todos os planos estratégicos, muitas vezes depois não é interpretada como tal”.

Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração da Adene, Nelson Laje, destacou que o PPE e os pactos setoriais foram desenhados com base em “muitas reuniões realizadas” com as associações, com o objetivo de adaptar as medidas “às necessidades específicas de cada setor”.

O passo seguinte, explicou, passa por criar uma comissão de acompanhamento para monitorizar a implementação das medidas acordadas.

No próximo ano, a Adene pretende lançar também uma campanha direcionada aos cidadãos.

Entre as medidas aprovadas pelo Governo para este plano contam-se iniciativas de poupança de água, com redução do seu uso, e de luz, através do controlo de iluminação e climatização, entre outras.

Atualmente, há medidas que são obrigatórias para a Administração Pública e nos setores restantes são voluntárias.





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