Grande Porto: o Andante vai chegar a mais de 430 mil pessoas



O Andante chega, a partir de hoje, a mais de 45 linhas de seis operadores privados de transporte público, num sistema intermodal que beneficiará 430 mil passageiros, que deixarão assim de pagar dois bilhetes.

O protocolo é hoje assinado, na Trindade, e trará ao Andante os passageiros da Valpi, Gondomarense, Espírito Santo, Nogueira da Costa, OFR Oliveira, Fernandes&Ribeiro e Resende.

Segundo o Menos Um Carro, a Espírito Santo é a operadora que mais clientes trará para o bilhete intermodal, uma vez que as 12 linhas que integram o Andante servem 300 mil pessoas. Segue-se a Gondomarense, com 73 mil passageiros provenientes de 10 linhas e a Resende, com 33 mil passageiros em duas carreiras.

Ao todo, as cerca de 50 linhas que passam a integrar o sistema Andante incluem, entre outros, os destinos: Porto, Formiga, Valongo, Matosinhos, Sobrado, Valbom, Rio Tinto, Souto, Hospital S. João e Gaia.

“Houve interesse para as linhas que partem do centro para a periferia. Queríamos ter ido mais longe e apanhar corredores na periferia, mas não foi possível. Algumas empresas ficaram de analisar a possibilidade de integração. Estou convencido de que haverá, no futuro, uma pressão dos utentes junto dos operadores que os levará a aderir ao Andante”, revela Joaquim Cavalheiro, presidente da Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto, citado pelo Menos um Carro.

Actualmente, há centenas de utentes do metro – moradores na Gaia, Maia, Gondomar e Valongo – que têm de comprar dois bilhetes para chegar às estações – o Andante e o título privado -, uma vez que são os autocarros do transportador privado que passam à porta de casa.

Neste sentido, o alargamento do Andante dará liberdade de escolha aos passageiros e possibilidade de combinarem mais do que um meio de deslocação.

Se optarem pelo bilhete intermodal, os passageiros podem usar o mesmo título em meios de transporte diferentes, além de não terem de esperar na paragem pelo autocarro da STCP, já que seguem viagem na primeira camioneta que acostar na paragem.

Embora nem sempre os percursos sejam coincidentes, existem muitas origens e destinos comuns. Todos os operadores manterão o seu próprio tarifário, que, em alguns trajectos, fica mais em conta do que o Andante.

Por exemplo, o passe de quatro quilómetros da Espírito Santo é a solução mais barata para quem só quer viajar dentro do concelho de Gaia. O passe fica por 25,10 euros, enquanto a assinatura Andante com o preço mais baixo (Z2) custa 28,40 euros. Mas, na maioria dos percursos, o Andante é mais vantajoso do que a assinatura monomodal dos privados.

Esta é uma boa notícia, portanto, para quem utiliza os transportes públicos no Grande Porto.





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