Harvard vai armazenar 70 mil milhões de livros numa bio-livraria do tamanho da unha



Uma equipa do Wyss Institute for Biologically Inspired Engineering, da Universidade de Harvard (Estados Unidos) descobriu uma forma de armazenar 70 mil milhões de livros no espaço de uma unha.

A equipa utilizou uma tecnologia de sequenciamento futurista e conseguiu codificar a livraria no DNA. O geneticista George Church, que fez parte do projecto, escolheu o seu próximo livro, Regenesis, para ser a cobaia do projecto, tendo-o armazenado… 70 mil milhões de vezes. São 700 terabytes de dados armazenados numa grama de DNA, o equivalente a 14 mil discos de 50 Gb de Blu-ray, por exemplo.

Há muito que os cientistas acreditam que o DNA pode ser um excelente meio de armazenamento, uma vez que é denso, estável, energeticamente eficiente de pode durar mais de 3,5 mil milhões de anos.

Segundo a equipa que trabalho no projecto, que foi publicado na edição de 17 de Agosto da revista Science, foi usado o código binário usado para preservar os textos, imagens e formatação do livro. Embora a escala seja aproximadamente o que uma antiga disquete armazenava, a densidade dos bits é enorme – 5,5 petabits – ou um milhão de gigabits, por milímetro cúbico.

“A densidade da informação e escala, comparadas com outros métodos de armazenamento da biologia e física, são favoráveis. E podemos deixá-la onde quisermos, no deserto ou no nosso quintal, que ainda lá estará dentro de 400 mil anos”, explicou Sriram Kosouri, cientista do projecto.

Em teoria, quatro gramas de DNA poderão armazenar todos os dados digitais produzidos pela a humanidade num ano. Teremos uma revolução a caminho?





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