Hoje é o dia da Terra. Já pensou como pode preservar os recursos naturais do mundo?



O Dia da Terra é comemorado anualmente a 22 de abril. Este dia, também chamado de Dia do Planeta Terra ou Dia da Mãe Terra, reconhece a importância do planeta e alerta todos os habitantes para a importância e a necessidade de preservar os recursos naturais do mundo.

As comemorações do Dia da Terra tiveram lugar pela primeira vez nos Estados Unidos, no dia 22 de abril de 1970, promovidas pelo senador americano Gaylord Nelson (1916-2005), que organizou um fórum ambiental que envolveu cerca de 20 milhões de participantes. Este dia é hoje celebrado em mais de 190 países, com a participação de cerca de mil milhões de pessoas que manifestam o seu compromisso com a proteção e a necessidade de preservar os recursos naturais, o ambiente e a sustentabilidade da Terra.

Neste dia, do ponto de vista educativo,​ desenvolvem-se várias iniciativas, tais como, escrever frases e poemas sobre a importância do planeta, plantar árvores, separar resíduos, etc. É dia do ano mais importante para o planeta Terra, dedicado a chamar a atenção para a necessidade de promover um desenvolvimento sustentável enquanto fator fundamental para a qualidade de vida das futuras gerações.

Retoma sustentável

Em plena crise mundial devido ao novo coronavírus, que provoca a doença covid-19, o Dia da Terra acontece quando se fala cada vez mais da retoma económica, pelo que a Zero divulga um extenso documento com sugestões para uma retoma sustentável, o qual vai enviar, diz em comunicado, ao Governo, ao Presidente da República, aos Grupos Parlamentares e aos representantes portugueses no Parlamento Europeu.

Se “agirmos ​​​​com sapiência e coragem, esta crise pode ser superada através da união de esforços na transformação dos modelos socioeconómicos, focando-nos no bem-estar das pessoas e no estabelecimento de uma relação de equilíbrio e respeito pelos limites do planeta”, afirma a organização ambientalista ao apresentar propostas para o novo momento após a covid-19.

 

A nova estratégia, diz a Zero, tem de ser assente no cumprimento dos objetivos do Pacto Ecológico Europeu, incluindo os compromissos mais ambiciosos de redução de emissões para 2030 e de neutralidade carbónica para 2050.  O Pacto, defende, deve ser o elemento central “para a construção de uma nova União Europeia”.

E os apoios devem ter em conta o desenvolvimento sustentável e “ser preferencialmente usados para fortalecer o setor da saúde” e promover “o bem-estar” e “proteger o rendimento dos trabalhadores e das pequenas e médias empresas”.

Depois deve apostar-se na mobilidade sustentável, “mais assente na oferta de transportes públicos e interoperabilidade”, na “redução da pobreza energética através de investimentos em reabilitação de habitações e promoção da eficiência energética junto dos agregados familiares mais vulneráveis”, no aproveitamento alargado das energias renováveis, no aumento da utilização de materiais reutilizáveis e na redução da produção de resíduos.

 

A Zero defende ainda que se usem as compras públicas como “motor de investimento”, que os produtos colocados no mercado sejam sustentáveis, e que se aposta na formação para uma transição justa.

A associação identifica como uma das principais ameaças a possibilidade de se aproveitar o momento atual, de pandemia, para atrasar, enfraquecer ou mesmo fazer retroceder medidas fundamentais para a sustentabilidade, ou direcionar apoios para atividades “intensivas em termos de emissões de carbono”, esquecendo questões como a perda de biodiversidade. Ou mesmo aumentar o controlo do Estado sobre a liberdade das pessoas.

Mas o momento é também de oportunidade para apostar numa economia de base mais local e nacional, refletir sobre o que é essencial em termos de consumo, preparar a sociedade para outras crises, como a climática, ou reduzir as viagens com a experiência acumulada de organizar eventos virtuais.

A Zero deixa ainda propostas para setores como o turismo, que deve assentar numa base de maior proximidade geográfica, para a aviação (IVA a 23% nos bilhetes ou imposto sobre o combustível), para o trabalho (incentivos ao teletrabalho) ou para a indústria automóvel, onde todos os apoios devem ir no sentido da construção de veículos elétricos.

E na agricultura, onde é fundamental “redirecionar a produção para as necessidades nacionais” e apostar na agroecologia e nos mercados locais.

 

WWF lança desafio

A World Wide Fund for Nature (WWF) é uma Organização internacional que trabalha na conservação e recuperação ambiental. É através dos seus projetos e parcerias que procura criar um mundo mais sustentável, atuando em seis áreas distintas; Clima, Água, Oceanos, Vida Selvagem, Florestas e Comida.

Este ano celebram-se os 50 anos do Dia da Terra, a 22 de Abril, e a Organização WWF quer juntar a criatividade de pessoas de todo o mundo para festejar. O desafio vai decorrer durante toda a semana, e dá asas à imaginação dos participantes. O objetivo é criar um trabalho artístico, que represente a importância da natureza para o autor.

Assim, a Organização dividiu os sete dias da semana em temáticas:
Segunda, dia 20: Vida Selvagem
Terça, dia 21: Água
Quarta, dia 22: Um Planeta – é o dia da Terra
Quinta, dia 23: Comida
Sexta, dia 24: Florestas
Sábado, dia 25: Clima
Domingo, dia 26: Oceanos

Para participar basta criar a sua obra de arte e partilhá-la online nas redes sociais (Instagram, Facebook ou Twitter), identificar a @world_wildlife e usar a hashtag #ArtforEarth. A WWF vai publicar alguns trabalhos nas suas contas, de forma a inspirar a comunidade mundial. “Há duas coisas que nos unem a todos – a nossa dependência na natureza e a linguagem universal da arte”.





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