Igualdade de género: ainda há muito por fazer em Portugal
A igualdade de género é uma questão de direitos humanos. De uma forma simples, é um conceito que define a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres. Esta igualdade é um princípio fundamental da Constituição da República Portuguesa, pelo que é tarefa fundamental do Estado a sua promoção.
Infelizmente, e apesar do que diz a Constituição, Portugal ainda está longe de ser um país equitativo. Isso mesmo mostram os números do The Global Gender Gap Report 2017do WeForum, um relatório sobre as desigualdades de género em 144 países. Portugal situa-se na posição 33, com um índice de 0,734. Significa isto que a média de desigualdades entre homens e mulheres nas várias áreas abordadas pelo relatório se situa nos 26,6%. O relatório indica que houve avanços no que toca a áreas como a Participação Económica e Oportunidades, mas houve um retrocesso no que toca à esperança média de vida.
Mulheres continuam a ganhar menos
Olhando para dos dados específicos para Portugal da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), vemos que as mulheres continuam a ganhar menos que os homens e que esta disparidade aumenta com o nível de qualificação. Assim, em média as mulheres ganham menos 16,7% que os homens, mas este valor sobe para menos 26,4% no caso das mulheres com cursos superiores.
Apesar desta disparidade salarial, as mulheres trabalham mais do que os homens. Em média, passam mais quase duas horas por dia a trabalhar, efetuando tarefas que não são remuneradas. Estes números referem-se especificamente ao trabalho doméstico, onde as mulheres gastam mais 1 hora e 45 minutos por dia neste tipo de tarefas do que os homens.
Igualdade é prioridade para a ONU
A Agenda do Desenvolvimento Sustentável para 2030 da ONU apresenta 17 metas para os países que assinaram este documento. O quinto objetivo diz exatamente respeito à igualdade de género, sendo que o objetivo é alcançar a igualdade de género e empoderar todas as mulheres e raparigas.