Imitações de conhecidas botas australianas usam pele de cães-guaxinim esfolados vivos
Certamente que já ouviu falar das conhecidas botas da marca australiana UGG, assim como já deve ter reparado na quantidade de imitações que existem dessas mesmas botas.
Recentemente, a Swiss Animal Protection descobriu que estas imitações da marca UGG são feitas com pele de cão-guaxinim, também conhecido por cão-mapache, que são esfolados vivos.
As originais UGG podem custar mais de €200 (mais de R$600). As imitações são mais baratas, já que substituem a lã de ovelha por pele de cães-guaxinim. Esta associação de protecção animal da Suíça descobriu um vídeo onde é possível observar os criadores desta espécie de guaxinim a esfolarem os animais vivos, que depois são atirados para um monte de carcaças onde ainda estão alguns animais vivos.
O cão-guaxinim, que na verdade é uma espécie de guaxinim, é assim chamado por ser mais parecido com as raposas e cães domésticos do que com os guaxinins.
“Os cães-guaxinim passam frequentemente por um sofrimento indescritível”, afirma Mark Jones, director da Humane Society International do Reino Unido, refere o Eccouture. “Morrem de forma lenta e agonizante, com os corpos em carne viva e ensanguentados”, acrescenta.
A maior parte destas botas contrafeitas provêm de países asiáticos, nomeadamente da China. Vários países europeus proibiram em 2008 a importação de peles de animais, nomeadamente de cão e de gato, da China. No entanto, esta proibição não se aplica aos cães-guaxinim porque não se tratam de cães, apesar do nome.
Face à polémica, a UGG veio já negar o uso de pelo de cães-guaxinim nos seus produtos, culpando a contrafacção de manchar a reputação da indústria deste sector. Segundo a directora da UGG, a marca tem conhecimento que várias empresas que produzem imitações das UGG retiram as etiquetas que indicam que as botas foram produzidas na China e substituem-nas por etiquetas que indicam que foram produzidas na Austrália.