Impressora a jato de tinta é até 90% mais eficiente em termos energéticos do que a tecnologia laser
Numa época em que o combate às alterações climáticas é crucial, todas as mudanças podem fazer a diferença – até mesmo as impressoras que escolhemos utilizar. De acordo com uma investigação da Universidade de Cambridge, desenvolvida a pedido da Epson, substituir as impressoras a laser por impressoras a jato de tinta até 2025 poderia evitar a emissão de 1,3 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono (CO2) por ano.
Como indica o relatório, a tecnologia a jato de tinta pode ser até 90% mais eficiente em termos energéticos do que a tecnologia laser, dependendo do tipo de impressora e dos padrões de utilização. “Este projeto de investigação provou que é possível um caminho para um futuro com zero emissões líquidas de carbono para a impressão, desde que as pessoas mudem para os produtos mais eficientes em termos energéticos, tanto em casa como nos escritórios, e que as empresas reduzam o carbono associado ao fabrico destes produtos”, afirma Tim Forman, investigador que desenvolveu o estudo.
Um futuro de zero emissões líquidas para o setor da impressão depende de uma mudança global para produtos mais eficientes do ponto de vista energético. Para que esta transição ocorra, são destacados três pontos-chave:
A inovação tecnológica, com a propriedade dos eletrodomésticos a continuar a aumentar, a redução das emissões de carbono dependerá da melhoria dos padrões
tecnológicos de eficiência energética e da redução da intensidade energética do fabrico;
A cooperação internacional, que permita alinhar os membros do Parlamento Europeu, encorajar a adoção de eletrodomésticos mais eficientes e melhorar a rotulagem de eficiência. Isto tem o potencial de acelerar a ação e reduzir os custos de eletrodomésticos eficientes;
A mudança de comportamento, já que se todas as pessoas no planeta fizessem uma mudança positiva, isso teria um enorme impacto positivo. As pessoas podem escolher a tecnologia Heat-Free ao substituir uma impressora existente para ajudar a reduzir o consumo de energia e as emissões de gases com efeito de estufa associados. A escolha de uma impressora sem cartuchos é também uma opção mais sustentável e pode trazer benefícios em termos de maior eficiência, produtividade e poupanças financeiras a longo prazo.
Por outro lado, Tim Forman destaca ainda a importância de reduzir a energia consumida pelos eletrodomésticos. “É crucial que continuemos a melhorar a eficiência energética dos eletrodomésticos – e a reduzir a energia necessária para os produzir – para evitar os piores cenários de alterações climáticas. De facto, a análise mostra que a incapacidade do sector dos eletrodomésticos para cumprir o seu cenário de descarbonização líquida zero corre o risco de um aumento de 100% na frequência de ondas de calor extremas e de um aumento de 40% nas secas ecológicas. (…) Uma coisa sobre a qual temos controlo é a forma como consumimos energia – e podemos fazer do mundo um lugar melhor, um aparelho de cada vez”.