Incêndios florestais: o que fez a Galiza para reduzir a área ardida?



Depois de ter visto, no ano fatídico de 1989, cerca de 200 mil hectares ardidos, a Galiza reformou os seus métodos de prevenção e combate a incêndios florestais. Desde então não conseguiu evitar os fogos, mas reduziu a área ardida para metade.

A Galiza tem muito em comum com o centro e norte de Portugal. Nestas regiões predomina o minifúndio, o abandono dos campos é uma realidade e as queimadas não controladas um hábito. Apesar de continuar a ser a província de Espanha com área mais ardida, o seu programa de prevenção e combate foi considerado um êxito.

Logo em 1990 foi criado um comando único para as áreas de prevenção e combate, com uma estrutura hierarquizada e foram chamadas para esta estrutura equipas profissionais para trabalhar na prevenção e combate pelo menos cinco a seis meses por ano. Ao mesmo tempo a gestão dos fogos passou para os engenheiros florestais.

Estas três medidas de fundo fizeram a diferença. A área ardida estabilizou em toda a Espanha (que veio a adoptar em todas as províncias políticas semelhantes) nos anos 90 e na Galiza foi reduzida para metade. Nenhuma delas foi, até agora, implementada em Portugal.





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