Instalado o primeiro comité de cogestão de pescas português



Esta semana, procedeu-se à instalação formal do primeiro comité de cogestão de Portugal, o Comité de Cogestão do Percebe da Reserva Natural das Berlengas (RNB). A iniciativa resulta do projeto Co-Pesca 2, financiado pelo Mar2020, com o apoio da Fundação Oceano Azul, e tem como principal objetivo garantir o equilíbrio e a sustentabilidade tanto do Pollicipes pollicipes, como dos profissionais que dependem deste recurso.

Como refere a ANP|WWF, este comité prima pela diferença, já que contraria as tradicionais abordagens de gestão ‘do topo para a base’ e aplica a participação dos vários interessados nas decisões de planeamento e gestão, segundo critérios estabelecidos em bases científicas e de sustentabilidade, valorizando e rentabilizando o percebe da RNB através do estabelecimento de regras de captura, definidos em conjunto com os pescadores.”

Sérgio Leandro, diretor da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar do IPL, líder do projeto, reforça que “este é um momento de viragem na gestão das pescarias em Portugal. O envolvimento dos próprios pescadores, das autoridades, da comunidade científica e das Organizações Não Governamentais de Ambiente demonstra que é possível estabelecer pontes de diálogo para garantir a preservação e valorização das espécies e a sustentabilidade económica das comunidades costeiras.”

O RNB é constituído por mariscadores, administração, investigadores e ONGAs: Câmara Municipal de Peniche, Arméria – Movimento Ambientalista de Peniche, Autoridade Marítima Nacional, Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, Docapesca, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Unidade de Controlo Costeiro Local da GNR, Instituto Politécnico de Leiria, Universidade de Évora, PONG-Pesca e ANP|WWF.





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