Internet das Coisas permitiu à Vodafone cortar 3,5 milhões de toneladas de CO2 dos clientes



A Vodafone ajudou os seus consumidores a poupar mais de 3,5 milhões de toneladas de emissões de gases com efeito de estufa, devido à sua capacidade para ligar aparelhos e partilhar informação através da Internet das Coisas.

A Internet das Coisas refere-se à transferência de informação entre dois objectos ou máquinas – também é conhecida como M2M (machine-to-machine).

De acordo com o último relatório de sustentabilidade da empresa, citado pelo Edie, o atingimento deste objectivo deveu-se a soluções como serviços baseados na cloud, conference call, logística e contadores inteligentes.

Um dos serviços disponibilizados teve como pano de fundo contentores inteligentes para transmitir dados aos municípios, avisando-os da altura certa para que estes fossem esvaziados. Ao realizar apenas as viagens necessárias, as poupanças nas emissões de transportes chegou aos 18% numa das cidades monitorizadas.

“As aplicações de tecnologias M2M para redução de emissões de carbono são muito vastas – desde melhorar as operações de frota e tornar as utilities mais eficientes, a permitir uma maior utilização dos veículos eléctricos e monitorizar remotamente os níveis de stock das máquinas de venda de produtos”, explica o relatório da Vodafone.

Outro dos exemplos publicados teve como pano de fundo a instalação de cartões SIM da marca em geradores movidos a energia solar em vários países africanos. Estes SIM permitiram aos operadores perceber os erros e falhas, instalar actualizações e monitorizar a utilização e modos de pagamento – tudo a partir do Reino Unido.

Na Holanda, por outro lado, a Vodafone utiliza a sua rede para partilhar informações sobre a eficiência de condução de 1.500 condutores de autocarros. Ao entregar o feedback de volta aos condutores, a operadora em questão – Connexion – espera melhorar o nível de eficiência energética em mais de 5% ao ano, poupando mais de €2,7 milhões.

Porém, o sucesso da Vodafone em reduzir as emissões de gases com efeito de estufa dos seus clientes não foi acompanhado pela sua própria actividade: as emissões aumentaram 10% de Março 2014 a Março 20154, tendo em conta o período homólogo, para os 2,8 milhões de toneladas de CO2e, ou seja, equivalente a CO2.

Este mau resultado levou a empresa a abandonar o objectivo de reduzir as emissões de CO2 nos mercados maduros em 50%, em Março de 2020, tendo em conta os resultados de 2006/2007.

Este artigo faz parte de um trabalho especial sobre Resíduos, publicado durante o mês de Junho e promovido pela Sociedade Ponto Verde. Todas as sugestões de temas podem ser enviadas para info@greensavers.sapo.pt. Siga a SPV no Facebook, YouTube, Pinterest ou Linkedin e assine a sua newsletter.

Foto: Ged Carroll / Creative Commons





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