Jornalista desempregado twitta sobre a sua própria procura de emprego

Robert Annis, um jornalista norte-americano de 38 anos, tornou-se ele próprio na notícia quando, em Junho, foi dispensado do Indianapolis Star, depois de o gigante de comunicação Gannett, que detém o Star, ter despedido 700 colaboradores.

Desde então, Annis passa o seu tempo entre escrever um livro, andar de bicicleta e relatar aos seus seguidores no Twitter a sua procura de emprego. Até agora, o jornalista ainda não conseguiu encontrar um novo desafio profissionais, mas não deverá faltar muito tempo para que isso aconteça. Basta ver pelo optimismo de Annis, que pode ser comprovado em http://twitter.com/RobertAnnis.

Annis partilhou com todos uma entrevista de emprego que teve na Zipp USA, para redactor – não ficou com o emprego, mas elogiou o candidato que o conseguiu. “Acabei de saber quem conseguiu o emprego da Zipp USA. É uma excelente pessoa e um grande redactor, por isso não estou muito chateado”, escreveu ontem no Twitter.

Agora, o jornalista espera a resposta da Angie’s List, uma empresa que agrega o feedback dos consumidores em relação a empresas de serviços e fornecedores. “A entrevista com a Angie’s List correu muito bem. Parece uma grande empresa e gostaria de trabalhar lá”.

Ao Huffington Post, Annis disse que ficou em “choque” quando soube que seria despedido, sobretudo porque era “um dos mais produtivos repórteres” do jornal. “Nunca pensei que seria um dos dispensáveis”.

E por que foi o jornalista – e outros 700 – despedido? Segundo Ryan Chittum, especialista em negócios de media da Columbia Journalist Review, a Gannett poderia ter poupado muitos desses 700 empregos se os seus executivos decidissem ficar milionários, em vez de multimilionários.

“Quantos empregos poderiam os generosos executivos salvar caso os seus salários fossem menos obscenos?”, questionou Chittum, fazendo depois as contas: caso os executivos aceitassem salários de sete dígitos mais modestos, poderiam poupar 16 milhões de euros. E, com este dinheiro, financiar 40% dos salários dos 700 despedidos.

Quanto a Annis, será apenas uma questão de tempo até reentrar no mercado de trabalho. E ele merece-o, porque não ficou em casa a lamentar-se. Fica também a prova de que as redes sociais podem ser poderosas ferramentas de procura de emprego – como já o são de tantas outras coisas.

E se esta notícia do Brand Republic estiver correcta – 61% dos líderes de negócio já utilizam o Twitter – então o seu futuro poderá estar mesmo à distância de um tweet. Quando criar o seu perfil nesta rede social, não se esqueça de seguir o Green Savers, em www.twitter.com/greensavers.