Livraria itinerante leva os autores portugueses aos turistas de Lisboa



Na loja ambulante portuguesa Tell a Story, os livros existem como objectos que precisam de ser partilhados com o máximo de pessoas possível. Mas em vez de ocuparem as estantes de uma loja escondida num beco solitário de Lisboa, a equipa deste projecto decidiu deixar a sua colecção literária existir ao ar livre, numa bela carrinha azul convertida em livraria itinerante que espalha as melhores obras de autores portugueses pela capital.

Não há melhor forma de descrever este novo projecto se não com a descrição que ele próprio usa no seu site: “Era uma vez um país nascido com o dom da escrita, um autor que queria contar uma história, um livro que queria ser lido, um turista que não falava português e uma livraria que não sabia como permanecer no mesmo local. Todos eles se juntaram e escreveram uma nova história”. Maravilhoso, não acha?

É verdade que as bibliotecas e livrarias têm evoluído bastante ao longo dos últimos anos, afastando-se do velho e esgotado modelo de prateleiras lotadas atrás de um balcão. Em Nova Iorque, por exemplo, as cabines telefónicas antigas estão a ser convertidas em bibliotecas e em Berlim pequenas estantes com livros estão a ser construídas em troncos de árvores caídas. A nossa Lisboa junta-se agora ao role de ideias livrescas originais e apelativas com a Tell a Story – uma maravilhosa livraria móvel que leva às ruas da cidade os melhores autores nacionais.

O catálogo inclui obras de Eça de Queirós, Fernando Pessoa, Miguel Torga, José Saramago, Sophia de Mello Breyner, António Lobo Antunes, Gonçalo M. Tavares, Jacinto Lucas Pires, José Luís Peixoto, José Cardoso Pires e Miguel Sousa Tavares. Os livros vendidos estão todos traduzidos em inglês, destinando-se claramente aos turistas da cidade. A ideia é de tal forma interessante que até já mereceu destaque no Inhabitat.

Lisboa ganha assim mais um ponto de interesse turístico cultural – por isso, acompanhe a Tell a Story pelo Facebook e faça-lhe uma visita. Que melhor forma existe de destacar o valor de um país se não com os seus mais ricos valores patrimoniais, como é o caso da literatura?





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