Maior central solar flutuante do mundo será inaugurada em Londres



Durante dois anos, a maior central solar flutuante do mundo estará num lago artificial perto de Londres – a reserva Rainha Isabel II, uma estrutura apenas visível aos passageiros do aeroporto de Heathrow e que se situa a sul do rio Tamisa.

A central terá 23.000 painéis solares, que servirão para gerar electricidade para as centrais de tratamento de água da Grande Londres. “Será a maior central solar flutuante do mundo durante algum tempo – as outras ainda estão a ser construídas”, explicou Angus Berry, gestor de energia da Thames Water, detentora do local. “Estamos a mostrar qual o caminho, mas esperamos que outros nos sigam, no Reino Unido e outros países”. Segundo explicou Berry ao Guardian, os painéis cobrirão apenas 6% da reserva e não terão qualquer impacto no ecossistema.

O projecto, que começou a ser planeado há cinco anos, custou €7,6 milhões e estará concluído já em Março. A energia por ele fornecida ajudará a proporcionar água limpa, durante décadas, para uma população de 10 milhões de habitantes da Grande Londres e sudeste inglês – trata-se de uma factura energética enorme, ainda que por vezes não tenhamos essa noção. Nenhuma energia deste projecto reverterá para a rede pública.

Novos projectos em risco

Apesar deste projecto estar completamente terminado, Angus Berry diz que os recentes cortes do Governo britânico nos subsídios para energia solar e eólica vão colocar em causa iniciativas semelhantes. “[Sem subsídios] teríamos de olhar muito bem para a parte financeira [deste projecto], em todas as suas fases”, explicou Berry.

Ainda assim, um projecto semelhante, mas com metade da capacidade, está já a ser construído pela United Utilities para uma reserva perto de Manchester, a segunda maior área metropolitana britânica.





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