Mais de 30% dos cactos do mundo estão em risco de extinção



Quase um terço dos cactos do globo estão prestes a extinguirem-se, de acordo com um relatório da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) que estudou a saúde das plantas.

Segundo o estudo, o estado periclitante dos cactos tem como pano de fundo os efeitos do comércio ilegal e o efeito que outras actividades humanas têm sobre a espécie. Os cactos são fundamentais para providenciar água e alimento para animais que vivem no deserto, dos coiotes aos cervos, lagartos, tartarugas, morcegos e beija-flores. Estas últimas, em troca, espalham as sementes da planta.

No entanto, o comércio ilegal e a ocupação do território para fins de construção de habitações, espaços agrícolas e comerciais está a pressionar os cactos e a levar à sua extinção. “Há uma recolha sem escrúpulos de plantas vivas e sementes [levadas] para as trocas hortícolas e colecções privadas ornamentais”, explica o relatório.

“Isto é perturbante”, revelou Inger Andersen, director-geral da IUCN. “[O estudo] confirma que o comércio ilegal de plantas é muito maior do que pensávamos. E que o tráfico de vida selvagem vai bem mais além dos rinocerontes e elefantes, que recebem a maioria da atenção global”.

Hoje, o cacto é a quinta espécie mais ameaçada do mundo, segundo a Lista Vermelha da IUCN.





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