Mais de 50 mil salmões fugiram de um viveiro na Tasmânia
Na passada segunda-feira, dia 23 de novembro, deu-se um incêndio numa estrutura flutuante da empresa Huon Aquaculture, no Canal D’Entrecasteaux, na Tasmânia. No decorrer deste acontecimento, fugiram entre 50 a 52 mil Salmões de 4 quilogramas.
“Em 35 anos de agricultura nunca tivemos um incêndio elétrico num viveiro de peixes, então a causa deixou-nos confusos”, afirmou em comunicado o CEO da Huon Aquaculture, Peter Bender. O incêndio está agora a ser investigado, porém, a fuga não teve grande peso porque representa menos de 1% do stock de peixes da empresa.
O CEO afirma que a situação não representa qualquer ameaça para os ecossistemas marinhos locais, dado que, segundo diz, “o salmão não se alimenta de espécies nativas” porque está habituado a ser alimentado com pellets. Acrescenta ainda que “a Tasmânia não tem salmonídeos nativos, pelo que não há impacto genético nos stocks selvagens”.
Contudo, o presidente da Neighbours of Fish Farming (NOFF), Peter George, já veio manifestar outras conclusões, avança o Jornal The Guardian. “Além do impacto imediato do salmão no ambiente marinho vivo, existe o perigo de a longo prazo o salmão se estabelecer nos nossos sistemas fluviais, como já aconteceu no exterior” explica, apontando que “o objetivo da Huon Aquaculture é fazer com que este derramamento de poluição ambiental pareça nada mais do que um benefício para os pescadores e focas.”