Mais de metade da eletricidade produzida em Portugal já vem de energias renováveis



Entre janeiro e novembro, em Portugal continental, foram produzidos 38.836 gigawatts por hora (GWh) de eletricidade, sendo que 54,4% tiveram origem em fontes renováveis.

A conclusão é do mais recente relatório da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), que revela que durante o mês de novembro, foram gerados 4.141 GWh de eletricidade, tendo 53,6% desse total mensal tido origem em fontes renováveis, um aumento de 2,8% comparativamente ao mesmo mês do ano passado.

No que toca à pegada carbónica do setor elétrico, a APREN indica que, nos primeiros onze meses deste ano, foram produzidas 5,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Ainda assim, é apontado que a incorporação de renováveis evitou a emissão de 6,9 milhões de toneladas de dióxido de carbono, de 0,7 milhões de toneladas de metano e permitiu poupar 4.094 milhões de euros em importações de gás natural.

O aumento da produção de eletricidade de fontes renováveis em novembro deveu-se, especialmente, “ao aumento da produção eólica e da bombagem, que contribuiu com 463 GWh para a produção em novembro face aos 149 GWh no período homólogo do ano passado”, é apontado no relatório, que avança também que “a produção hídrica recuperou face aos valores dos últimos meses, com o índice de hidraulicidade de 0,88 – valor mais elevado do ano, e próximo da média dos últimos 10 anos no mês de novembro”.

No contexto europeu, considerando o período de janeiro a novembro, Portugal é o quarto país com a maior quantidade de eletricidade gerada através de fontes renováveis, ficando apenas atrás de países como a Noruega, a Dinamarca e a Áustria, com taxas de incorporação de 99,3%, 81,7% e 65%, respetivamente.

Em novembro, o preço médio horário em Portugal, no âmbito do Mercado Ibérico de Eletricidade, foi de 11,5 euros por megawatt/hora, sendo que a média desde janeiro situa-se nos 174,5 euros por megawatt/hora, “um aumento para o dobro face ao período homologo do ano passado”.

Desde o início do ano que se registaram 126 horas, não consecutivas, em que a produção de eletricidade por renováveis foi suficiente, por si só, para responder ao consumo em Portugal continental.





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