Mamíferos marinhos vivem mais tempo em cativeiro
Um intenso debate público conduziu a proibições governamentais de mamíferos marinhos em jardins zoológicos, alimentado pela crença de que a sua sobrevivência em cativeiro é inferior à dos animais selvagens. No entanto, a utilização de métodos estatísticos aplicados a dados de populações de quatro espécies de mamíferos marinhos em cativeiro e em estado selvagem, revela melhorias significativas.
Os investigadores analisaram os dados relativos a quase 9000 animais de quatro espécies (foca-comum, leão-marinho-da-Califórnia, urso-polar e golfinho-nariz-de-garrafa) mantidos em jardins zoológicos entre 1829 e 2020.
Durante esse período, a esperança de vida nos jardins zoológicos aumentou até 3,40 vezes para estas espécies e a mortalidade no primeiro ano de vida diminuiu até 31%.
Atualmente, os animais de jardim zoológico beneficiam de uma esperança de vida 1,65 a 3,55 vezes superior à dos seus congéneres selvagens.
Os autores reconhecem que pode haver outras razões para não manter estes animais em cativeiro, por exemplo, diferentes pontos de vista éticos e preocupações com as condições de bem-estar.
No entanto, afirmam que a proibição de espécies em jardins zoológicos pode representar oportunidades perdidas, como servir de lar temporário para animais resgatados ou manter populações para ajudar a evitar a extinção de espécies e preservar a sua diversidade genética.