Mau tempo: Murça aplica 466 mil euros em duas pontes afetadas pela chuva intensa



A requalificação de duas pontes rodoviárias danificadas pelo mau tempo em maio, em Murça, distrito de Vila Real, vai custar 466 mil euros e pretende-se que avance “o mais rápido possível”, disse hoje o presidente da câmara.

A precipitação intensa provocou inundações que, no final de maio, derrubaram o tabuleiro de uma pequena ponte rodoviária na Ribeirinha, freguesia de Valongo de Milhais, a qual ficou intransitável.

O presidente da Câmara de Murça, Mário Artur Lopes, explicou à agência Lusa que uma outra ponte em Penabeice, freguesia de Jou, também ficou afetada e “em estado de insegurança” e, por isso, está, neste momento, interditada ao trânsito de veículos pesados.

O autarca salientou que estas estruturas rodoviárias são muito usadas pela população e precisam de “ser reconstruídas”. A ponte da Ribeirinha, ressalvou, encurta significativamente o trajeto da população para a sede do município, Murça, e para a zona norte do concelho.

O montante global para a requalificação dos dois pontões ronda os 466 mil euros, comparticipado a 60% de fundos do Estado (279 mil euros) e que resultam de uma candidatura efetuada pelo município.

O autarca referiu que, neste momento, está a ser preparado o projeto para depois ser lançado o concurso público, referindo que, depois de ultrapassados os procedimentos burocráticos, se pretende avançar com a obra o “mais rapidamente possível”.

Em Murça, as áreas mais afetadas pela intempérie de 30 de maio foram também atingidas pelo grande incêndio que ocorreu neste concelho no verão de 2022.

“Foi uma queda de água completamente anormal, mas esta queda de água não seria tão gravosa se as encostas tivessem algum manto vegetal, como tinham antes do incêndio”, considerou o autarca.

A chuva intensa, acompanhada de granizo, arrastou muros, estragou caminhos agrícolas, afetou vinhas, olivais e hortas.

“Fizemos o levantamento de zonas afetadas nas linhas de água que rondam os 1,5 milhões de euros de danos que comunicámos à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para que nos possa, também, proporcionar algum apoio”, referiu ainda o autarca.

Mário Artur Lopes disse que o município e as juntas de freguesia de Jou e de Valongo de Milhais estão também a desenvolver esforços para recuperar os caminhos agrícolas.





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