Mês de Agosto em Portugal foi o 3º mais quente na Europa



O mês de agosto de 2022 foi considerado em Portugal Continental muito quente e muito seco. A nível global, foi o 3º mais quente na Europa e, a par de 2017 e 2021, o mais quente de sempre. A temperatura média global em foi 0.3 °C superior ao valor médio 1991-2020.

Segundo o Boletim Climatológico – Agosto 2022 do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, na Europa foi o 3º agosto mais quente, com uma anomalia de + 1.71 °C em relação ao valor médio 1991-2020.

As temperaturas de agosto foram mais altas do que a média de 1991-2020 na maior parte da Europa . As temperaturas “também foram em geral altas na parte oeste do continente, mas não foram tão extremas como no início do verão e quando comparado com agosto de 2003 e 2021”, explica o instituto.

Em relação à precipitação na Europa, em Agosto, “esteve muito abaixo da média, assim como a humidade do solo e a humidade relativa, em grande parte da Europa ocidental e oriental: condições mais secas do que a média abrangem desde a Península Ibérica até praticamente todo o continente, incluindo o Reino Unido, Irlanda, sul da Escandinávia até a Rússia e até o Mar Negro e Cáucaso”, acrescenta a mesma fonte.

O IPMA diz ainda que as “condições extremas e prolongadas de calor e seca afetaram o nível de água nos rios, a agricultura e o transporte e facilitaram a propagação e a intensificação dos incêndios florestais”.

Verão de 2022 foi o mais quente já registado na Europa

Recorde-se que o serviço sobre mudanças climáticas do programa europeu Copernicus revelou ontem que o verão de 2022, marcado por várias ondas de calor e uma seca severa ligada ao aquecimento global, foi o mais quente já registado na Europa.

As temperaturas médias foram “as mais altas, tanto para o mês de agosto como para todo o verão”, superando nos três meses em 0,4°C as temperaturas de 2021, que já eram o recorde anterior.

“Uma série intensa de ondas de calor em toda a Europa, juntamente com condições de seca incomuns, levou a um verão de extremos, com temperaturas recordes, secas e incêndios”, disse Freja Vamborg, responsável científica do instituto europeu, citada pela agência Lusa.

“Secas e incêndios em muitas partes da Europa afetaram a sociedade e a natureza de várias maneiras”, observou, lembrando que “o recorde anterior tinha apenas um ano”.

 





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