Mobilidade e coesão social nas prioridades do gabinete que AMP abriu em Bruxelas



A Área Metropolitana do Porto (AMP) inaugurou ontem um gabinete em Bruxelas, na Bélgica, e definiu os transportes e a coesão social como as principais áreas para captar financiamento europeu que geralmente está inacessível.

“É evidente para todos que há a partir de Bruxelas […] um conjunto muito mais vasto de recursos a que nós, normalmente, não acedemos”, sustentou o presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, em declarações aos jornalistas na Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia.

O também presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia acrescentou que há “duas grandes áreas” que interessam à AMP, composta por 17 municípios e com “quase dois milhões de pessoas”: a mobilidade e a coesão social.

No que diz respeito à mobilidade, os transportes “por si só não têm linhas suficientes de financiamento”, mas há outras que estão “muitas vezes acopladas a outras dimensões como a descarbonização, o ambiente e a sustentabilidade”, que a Área Metropolitana do Porto quer captar.

Na dimensão social, o propósito, explicou Eduardo Vítor Rodrigues, é resolver os maiores flagelos das “grandes cidades” que fazem parte da AMP, por exemplo os “problemas muito sérios de qualidade de vida, de habitação, de qualidade do espaço público e as questões dos resíduos”.

“Não podemos estar a trabalhar apenas baseados no contexto muito restrito dos fundos comunitários a que temos acesso, temos a obrigação de explorar mais”, completou.

O gabinete também pretende ser uma ponte entre as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e as empresas que estão sediadas e desenvolvem a sua atividade na AMP, porque muitas vezes o problema está no desconhecimento das candidaturas a fundos europeus disponíveis.

A AMP vai estar mais próxima da Comissão Europeia, pelo menos, durante este ano, mas para já o ‘lobby’ fica na gaveta.

“Neste momento ainda estamos numa fase muito inicial para ter essas inquietações, nós estamos a começar por conhecer muitos dos instrumentos disponíveis, antes de entrarmos numa área que para nós também é absolutamente essencial, que é a área do ‘lobby’, de influenciar aí sim, a construção dos regulamentos, que em muitos casos são determinados por um conhecimento muito redutor da realidade”, sustentou.





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