Moçambique: aposta na indústria extractiva levará o país para a lista dos mais poluentes



“Ao apostar na indústria extractiva, Moçambique vai entrar para a lista dos causadores dos problemas ambientais”. Quem o diz é Dipti Bhatnagar, coordenadora do sector da energia e justiça climática da Justiça Ambiental, ong ambiental, à margem da 2.ª Conferência Anual sobre Mudanças Climáticas, em Maputo.

Segundo Dipti Bhatnagar, mais do que políticas de educação ambiental, Moçambique precisa mudar todo o sistema, já que investir numa economia de exploração de recursos vai trazer problemas ambientais a longo prazo.

Contrária aos que acreditam que a exploração de recursos minerais vai trazer desenvolvimento ao país, a coordenadora desta ONGA acha a ideia ilusória, sendo esta uma medida que apenas trará benefícios às elites politicas do país, já que “na realidade, as populações nem chegam a beneficiar desta exploração.”

Para a responsável desta organização, as questões ambientais moçambicanas não estão a ser encaradas como a devida seriedade, em parte pela fraca aplicação do Acordo de Paris, criado em Dezembro de 2015.  “O acordo de Paris foi um passo, mas a implementação mostra um certo desinteresse, principalmente por parte das grandes potências, responsáveis pela poluição ambiental”, disse à Lusa. A solução para o problema ambiental do país, defende, passa por acabar de vez com o uso de combustíveis fósseis.

Num debate em torno dos desafios ambientais que Moçambique enfrenta, a 2ª edição da Conferência Anual sobre Mudanças Climáticas acontece até sexta-feira, em Maputo.





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