Movimento “End Fossil:Occupy!” organiza ocupações de escolas e universidades por todo o mundo pelo fim aos combustíveis fósseis



End Fossil: Occupy!” é um apelo internacional para que estudantes ocupem as suas escolas e universidade com o objetivo comum de “[mudar] o sistema acabando com a economia fóssil a um nível internacional”. As instituições vão ser ocupadas porque “ocupar é perturbar a normalidade, e perturbar a normalidade é gritar em alto e bom som para o resto da sociedade que a nossa casa está a arder. (…). Vamos perturbar o funcionamento das nossas escolas e universidades porque não podemos continuar a fingir que a normalidade está bem: é o nosso dever lutar enquanto juventude”, diz o apelo publicado no seu website.

Em Portugal, os estudantes de Lisboa vão ocupar as Escolas Secundárias de Camões e Padre António Vieira, Escola Artística António Arroio e as Faculdades de Letras e Ciências da Universidade de Lisboa, o Instituto Superior Técnico e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa a começar no dia 7 de novembro. Têm duas revindicações nacionais: o “fim aos combustíveis fósseis até 2030”, e a “demissão do atual ministro da Economia e do Mar e Ex CEO da petrolífera Partex Oil and Gas, António Costa e Silva”, de acordo com o website português.

Na Alemanha, mais de 20 cidades vão começar a ser ocupadas na primeira semana de novembro sob reivindicações de justiça climática e social. No Reino Unido, as universidades vão ser ocupadas a partir da primeira semana de novembro até que sejam cumpridas as reivindicações nacionais como nacionalizar a indústria dos combustíveis fósseis tendo em vista uma eliminação rápida e gradual, e uma redução imediata das contas de energia.

Em Espanha, Barcelona, Madrid, Oviedo e Granada aderiram à mobilização e vão ocupar também a até não haver nenhuma ligação das universidades com bancos e empresas ligadas à indústria fóssil, e até haver um compromisso de criar uma nova disciplina sobre a emergência ecológica adaptável a qualquer curso. Na Zâmbia, as ocupações das escolas secundárias de Lusaka vão começar no fim de novembro e vão reivindicar o fim do investimento dos bancos em combustíveis fósseis, uma África livre de fósseis e mais energias renováveis. Outros países onde ocupações estão a ser planeadas incluem Colômbia, França, Suíça, Países-Baixos e Áustria.

A Universidade da Pensilvânia já está a ser ocupada pelo grupo estudantil Fossil Free Penn. A ação começou no dia 14 de Setembro e, de acordo com o Daily Pennsylvanian, não vão sair do campus até o conselho administrativo aceitar cumprir as três revindicações: “fazer um investimento para preservar as University City Townhomes e reunir com os residentes este mês; deixar de receber doações e de investir em projetos direta ou indiretamente ligados à indústria fóssil até 2025; e financiar escolas públicas em Filadélfia”. Apesar da administração ter ameaçado as ativistas, mais de 50 estudantes já dormiram na ocupação e pelo menos 80 funcionários da Universidade mostraram o seu apoio.

 





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