Muitos animais marinhos correm risco de extinção, defende investigadora portuguesa



Golfinhos e tartarugas vítimas de redes de pesca. Focas que são arrastadas por tempestades. Ou aves contaminadas por descargas de crude. Estas são algumas das situações enfrentadas no Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM), que a bióloga Catarina Eira partilha no podcast Ciência com Impacto.

O Centro de Reabilitação está localizado no coração da Ria de Aveiro. São instalações novas e enormes, talvez das maiores e mais modernas da Europa. E estão bem equipados: raio-x, ecografias, sala de cirurgia e diversas piscinas. Mas, acima de tudo, têm algo que não existe em nenhum outro local de Portugal: um saber veterinário e biológico acumulado ao longo de duas décadas de intenso trabalho, tratando e devolvendo à natureza centenas de animais.

“Os animais que entram e são tratados no CRAM só são devolvidos ao oceano depois de reabilitados. Ou seja, quando temos a certeza que conseguem alimentar-se sozinhos e resistir às condições ambientais, por vezes muito duras, que irão encontrar”, explica a bióloga Catarina Eira, investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM).

As focas que dão à costa portuguesa são um caso particular – uma vez que estes animais não existem em Portugal continental. Trata-se de animais juvenis que nasceram nas colónias do Mar do Norte e cuja inexperiência, associada às fortes correntes marinhas e às tempestades, são empurrados para sul. E aqui são resgatados, já muito fracas e desidratadas.

Paulo Caetano

Conheça neste podcast, os desfechos felizes e as histórias de todos estes animais





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