NASA quer levar turbinas eólicas para os céus



Se hoje os parques eólicos são construídos em sítios altos, como no topo de colinas e cumes – e se a eficiência das turbinas, colocadas no chão, perde com o abrandamento do vento assim que este chega perto da terra, então uma solução muito interessante seriam turbinas eólicas aéreas.

O projecto não é ficção científica e está a ser estudado por engenheiros da NASA, que tentam agora encontrar uma forma de elevar as turbinas eólicas do chão e torná-las mais eficientes.

De acordo com o Gizmag, há dois sistemas de turbinas eólicas aéreas – penduradas como se de um papagaio de brincar fosse. O primeiro é o Flygen, um sistema que coloca as turbinas dentro dessa espécie de papagaio de papel, que gera energia e a envia, através de uma corrente, para um aparelho de armazenagem ou distribuidor que se encontra no chão.

O segundo tem como pano de fundo um gerador que está no chão e é electrificado pelo cambalear da corda, à medida que o papagaio esvoaça.

Ambos os sistemas baseiam-se na aerodinâmica do papagaio e num controlo aéreo autónomo. É um destes dois aspectos da tecnologia que os pesquisadores da NASA estão a pensar melhorar para ajudar as turbinas eólicas aéreas a serem uma alternativa viável às turbinas ditas terrenas.

“Muitos desses sistemas que estão a voar têm aerodinâmicas muito desagradáveis. Aqui, na NASA, temos o luxo de nos podermos focar em problemas muito específicos e não temos de nos preocupar em ter um produto comercial para uma determinada data”, explicou David North, engenheiro da NASA em Virgínia.

Segundo o responsável, muitas das empresas que procuraram levar este sistema de turbinas aéreas para o mercado falharam na fase do controlo autónomo. “O nosso objectivo é simplificar isso tudo, especialmente se estivermos a voar a 600 metros, que é, em muitos casos, abaixo das nuvens”, concluiu o responsável.

O primeiro protótipo construído pela NASA surgiu em Março passado e teve como pano de fundo o princípio que as pontas da lâmina da turbina geram 90% da energia do aparelho, porque estão mais afastadas do centro e giram mais rapidamente que o resto da lâmina.

De resto, ao colocar a turbina no final de uma corrente ao invés de colada ao chão permite ao papagaio agir como uma espécie de ponta de lâmina voadora. O que permite ao sistema apanhar os ventos mais rápidos que podem ser encontrados a grandes altitudes.

Segundo a NASA, esta tecnologia poderá ser também colocada em prática em mundos vizinhos, como Marte, Vénus ou Titã.





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