Navegabilidade no rio Douro não é afetada pela redução dos caudais em Espanha



A redução das descargas de água de barragens espanholas da bacia do Douro não vai afetar a navegabilidade do rio em território nacional, disse hoje o presidente do conselho de administração da APDL.

“Neste momento, não há nenhuma razão para preocupação para quem utiliza a navegabilidade no rio Douro e nós podemos garantir que as condições de segurança estão reunidas”, afirmou à agência Lusa o presidente do conselho de administração da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), gestora da Via Navegável do Douro.

Nuno Araújo garantiu que a APDL faz uma permanente monitorização do rio Douro e frisou que, “neste momento, não há qualquer tipo de motivo para alarme”.

Espanha e Portugal acordaram reduzir esta semana as descargas de água de barragens espanholas da bacia do Douro, assumindo a impossibilidade de cumprimento dos caudais mínimos acordados.

O Ministério da Transição Ecológica e Desafio Demográfico espanhol (MITECO) disse hoje à Lusa que Espanha diminuiu “de comum acordo com Portugal” as descargas de água de barragens hidroelétricas para o caudal do rio Douro previstas para esta semana.

“Já tivemos períodos complicados de seca também no passado, não porventura comparado com o que estamos a viver neste momento, mas felizmente os afluentes em Portugal são suficientes para manter a navegabilidade no Douro”, salientou Nuno Araújo.

O responsável explicou ainda que as embarcações que navegam no Douro “não requerem muito caudal, quando se compara com, por exemplo, as embarcações que escalam nos portos”.

“Se, entretanto, por alguma razão que nós neste momento não estamos a ver qual possa ser, houvesse algum problema, nós tomaríamos as medidas necessárias para acautelar isso. Mas não há razão nenhuma para preocupação neste momento”, referiu.

Nesta altura do ano, ainda são muitas as embarcações turísticas que cruzam o Douro.

O turismo fluvial no rio Douro sofreu uma quebra acentuada no primeiro ano de pandemia de covid-19, mas, segundo Nuno Araújo, o “setor está a recuperar a uma velocidade considerável”.

“Já temos mais pedidos de mais embarcações, a nossa expectativa é que os números de 2019 venham a ser atingidos, por ventura, já no próximo ano se nada extraordinário acontecer e nos anos seguintes possa vir a ser aumentado, porque há muita procura no Douro”, afirmou.

Em 2019, cruzaram o rio Douro cerca de 1,6 milhões de passageiros dispersos pelas diferentes embarcações marítimo-turísticas.





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